Brasil desenvolve primeiro modelo climático global da América Latina e impulsiona tecnologia do país

Ao criar um modelo de mudanças climáticas para a ONU, o país contribui para aprimorar a capacidade local de previsões

Por Redação
20/02/2013 14:32 / Atualizado em 04/05/2020 11:27

O modelo acrescentará aos estudos internacionais informações sobre fenômeno climáticos locais, como o cerrado brasileiro, que sofrem com o desmatamento
O modelo acrescentará aos estudos internacionais informações sobre fenômeno climáticos locais, como o cerrado brasileiro, que sofrem com o desmatamento

O Brasil será o primeiro país da América Latina a contribuir para pesquisas feitas pela ONU sobre o futuro do clima global. Isso porque foi desenvolvido aqui um modelo de previsão climática em grande escala que será incorporado ao relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPGC), documento que apresenta ao mundo as conclusões científicas sobre o tema.

Esse tipo de modelo simula as interações climáticas entre atmosfera, oceanos e superfícies continentais, mostrando de que forma essas relações variam conforme o tempo passa e o clima do planeta vai mudando.

Por ser o primeiro, o modelo ainda não tem o nível de complexidade dos feitos pelos Estados Unidos ou pelos países europeus, mas acrescentará informações importantes sobre fenômenos tropicais, como o desmatamento da Amazônia e de outros biomas brasileiros. O relatório do PIGC deve ficar pronto só em 2014, mas os estudos feitos com o modelo brasileiro serão aprovados ainda neste ano.

Segundo os pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsáveis pela criação, a iniciativa é importante porque, além de contribuir para a compreensão das mudanças climáticas intercontinentais, ajuda a desenvolver a previsão do clima local. Assim, quanto maior a pesquisa e a criação, melhor a tecnologia alcançada e melhores os profissionais capacitados para trabalharem na área.