Bruno Covas volta atrás e retoma o rodízio tradicional de carros em SP

Volta a valer o rodízio de acordo com o número final da placa e o dia da semana

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou neste domingo, 17, a retomada do rodízio tradicional de carros na cidade a partir desta segunda-feira, 18.

Com o novo decreto, volta a valer a restrição de acordo com o número final da placa e o dia da semana. Confira:

Segunda-feira: final de placa 1 e 2
Terça-feira: final de placa 3 e 4
Quarta-feira: final de placa 5 e 6
Quinta-feira: final de placa 7 e 8
Sexta-feira: final de placa 9 e 0

Rodízio ampliado

A estratégia de ampliar o sistema de rodízio para reduzir o número de veículos na rua não surtiu o efeito esperado na taxa de isolamento social contra o coronavírus. Segundo Covas, os índices continuaram abaixo de 50%, quando a recomendação para evitar a sobrecarga do sistema de saúde é de 70%.

“Vamos retomar o rodízio tradicional a partir de amanhã, mas isso não pode ser desculpa para que as pessoas se sintam a vontade para retomar a circulação na cidade. Precisamos ampliar o isolamento rápido e estamos ficando sem alternativas”, afirmou Covas em entrevista coletiva.

Sem sucesso na taxa de isolamento social, prefeitura volta atrás e cancela o rodízio ampliado
Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Sem sucesso na taxa de isolamento social, prefeitura volta atrás e cancela o rodízio ampliado

Essa não é a primeira medidas que não deu certo na tentativa de controlar o fluxo de carros. No início do mês a prefeitura havia tentado bloquear grande vias de acesso a cidade de São Paulo, o que gerou tumultos e reclamações entre aqueles que atuam em serviços considerados essenciais.

Sobre as multas aplicadas durante o período de rodízio ampliado, Bruno Covas disse que elas serão mantidas. “Quem foi multado, foi multado.”


#NessaQuarentenaEuVou – Dicas durante o isolamento:


Coronavírus no país

No sábado, o Brasil se tornou no 4° país do mundo em número de casos de covid-19. Ao todo, foram mais de 233,1 mil confirmados e mais de 15,6 mil mortes pela doença,  superando a Itália e a Espanha.

O Ministério da Saúde divulgou ainda que, ao todo, 9.672 pacientes se recuperaram, enquanto 127.837 estão em acompanhamento e 2.304 óbitos estão em investigação. A taxa de letalidade da doença no país é de 6,9%.

No mesmo dia, São Paulo, epicentro da pandemia no país, superou a China em número de mortos, chegando ao total de 4.688 vidas perdidas.