Campanha apoia iniciativas que acolhem vítimas de violência

"Nossa resposta ao ódio começa aqui, e agora. Doe e faça parte da resistência!", diz o movimento #NinguémFicaPraTrás

Os ataque contra a população LGBT foram frequentes no período eleitoral
Créditos: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Os ataque contra a população LGBT foram frequentes no período eleitoral

Os ataques contra a população LGBT cresceram em meio ao período eleitoral, principalmente por causa do discurso propagado por Jair Bolsonaro (PSL), presidente eleito com 55% dos votos válidos. A insegurança, no entanto, incitou a união das minorias contra o ódio propagado por alguns grupos.

Um exemplo disso é a plataforma #NinguémFicaPraTrás, que criou uma campanha de financiamento coletivo para apoiar iniciativas que acolhem pessoas vítimas de violência, intolerância, misoginia, homofobia e racismo. Veja como fazer uma doação aqui.

“A eleição de Bolsonaro tem um efeito grave e imediato: o aumento dos crimes de ódio sobre grupos que foram hostilizados em seus discursos. Mulheres, negras e negros, população LBGTQI, povos tradicionais e refugiados sempre sentiram na pele os efeitos da intolerância – mas agora, com um presidente que incita o ódio publicamente, essas vidas estão ainda mais ameaçadas”, diz o texto de apresentação da campanha.

Em um primeiro momento, até chegar à meta de R$ 250 mil, o movimento selecionou cinco organizações de diferentes cidades do Brasil para ajudar. São elas: Casa 1, Coletivo Margarida Alves, AMAC, Casinha e Grupo Comunidade Assumindo Suas Crianças.

Depois, com a meta de R$ 500 mil, a ideia é escolher mais cinco instituições que atendam outros públicos e regiões. Por último, se o coletivo conseguir arrecadar R$ 1 milhão, abrirá um edital público para que ONGs de todo o país se inscrevam.

“Nossa resposta ao ódio começa aqui, e agora. Doe e faça parte da resistência!”, afirma a campanha #NinguémFicaPraTrás.

Conheça mais sobre as organizações:

Casa 1

A Casa 01 é um centro de acolhimento no centro de São Paulo para jovens LGBTs expulsos por suas famílias e em situações extremas de violência psicológica. A estadia dos acolhidos costuma ter 3 meses e pode ser estendida. A casa também funciona como centro cultural e tem uma programação diversa.

Como vai usar os recursos: com aluguel de um escritório próprio.

Coletivo Margarida Alves

O coletivo presta assessoria popular a movimentos sociais e grupos organizados que resistem a processos violentos de marginalização e exclusão. As áreas de atuação envolvem o direito à cidade e à moradia, os direitos de comunidades tradicionais, dos quilombolas, das mulheres e da população LGBTQI.

Como vai usar os recursos: com custos de operação e translado de voluntários.

AMAC

A AMAC promove rodas de conversa itinerantes, eventos e oficinas para mulheres vítimas de violência doméstica na Baixada Fluminense. Ela traz mulheres ao lugar de protagonismo social e familiar, inserindo-a no mercado de trabalho e desenvolvendo as localidades em que residem.

Como vai usar os recursos: Com aluguel, traslado de voluntários, mantimentos, e acabamento da sede própria.

Casinha

A Casinha é um centro de referência, cultura e acolhida para jovens LGBT em situação de vulnerabilidade ou violência familiar no Rio de Janeiro. Ela oferece atividades educacionais e culturais, recuperação psicossocial, moradia, suporte de psicólogos, médicos e assistentes sociais voluntários.

Como vai usar os recursos: Com mantimentos, gastos com energia, água, saneamento e auxílio de custo para uma assistente social.

Grupo Comunidade Assumindo Suas Crianças

O Grupo Comunidade Assumindo Suas Crianças, no bairro de Peixinhos, em Olinda, desde 1986 contribui com a melhoria da qualidade de vida das crianças, adolescentes, jovens e mães vítimas de violência urbana, dando atendimento integral às crianças, adolescentes, jovens e famílias.

Como vai usar os recursos: com a compra de mantimentos, equipamentos, transporte para eventos e material de divulgação.