Candidatos aquecem debate no SBT com propostas e enfrentamentos

Hadddad, Ciro, Alckmin, Marina, Alvaro Dias, Meirelles, Boulos e Cabo Daciolo participaram do programa

O debate do SBT foi o mais quente destas eleições, com enfrentamento desde o início, entre Marina Silva (Rede) e Fernando Hadddad (PT), entre Guilherme Boulos (PSOL) e Geraldo Alckmin (PSDB) e entre Cabo Daciolo (Patriota) e Henrique Meirelles (MDB) e Cabo e Ciro Gomes (PDT). Alvaro Dias, do Podemos, também participou do programa, e Jair Bolsonaro, do PSL, não compareceu por estar ainda hospitalizado em São Paulo.

Presidenciáveis participam de debate no SBT
Créditos: Adriana Spaca/Framephoto/Estadão Conteúdo
Presidenciáveis participam de debate no SBT

O evento, promovido em parceria com a “Folha” e o UOL, aconteceu na noite desta quarta-feira, 26, foi divido em três blocos e contou com a mediação do jornalista Carlos Nascimento, do SBT. Participaram também os jornalistas Débora Bergamasco (SBT), Fernando Canzian (Folha de S.Paulo) e Diogo Pinheiro (UOL).

Bolsonaro quase não foi citado durante o debate e Haddad, o segundo nas pesquisas, foi, como no encontro promovido pela TV Aparecida, o alvo preferido dos rivais. Marina e Ciro fizeram perguntas enfáticas ao petista.

A candidata da Rede, ligou-o de forma incisiva ao presidente Michel Temer e teve de ouvir de Haddad que ela é uma das responsáveis pela crise da gestão do emedebista, já que apoiou Aécio Neves (PSDB) em 2014 e, também, foi favorável o impeachment de Dilma. “É muito engraçado, Haddad, você vir falar do Temer e do impeachment, quando você foi pedir a bênção para o Renan Calheiros, que também apoiou o impeachment. São dois pesos e duas medidas”, completou.

Já o pedetista, que, durante todo o debate insistiu no discurso de que é contra a polarização da campanha, afirmou que “se puder governar sem o PT, prefiro” e disse que foi o partido que ajudou a fazer essa “estrutura de poder odienta, que criou essa figura horrorosa que é o Bolsonaro” e que “está levando o país para a violência”.

Dinheiro da merenda

Alckmin foi cobrado por Boulos pela Máfia da Merenda, além da proposta de fechamento de escolas, decisão que provocou protesto de estudantes do ensino médio. O ex-governador afirmou que os desvios na merenda escolar foram descobertos pela polícia e pelo Estado, negou qualquer ligação do governo com os estelionatários e afirmou ter 40 anos de vida pública, sempre com ficha limpa. “Nós não fechamos nenhuma escola. Nós tínhamos cinco milhões de alunos, hoje temos 3,8 milhões de alunos, há uma mudança demográfica. Então tem lugar que falta escolas que nós construímos e construímos em grande quantidade, e tem lugar que a escola não tem aluno, nós precisamos aproveitar esse prédio para a pré-escola, para a Emei, onde faltam vagas. Então uma visão corporativa, como sempre, distante do interesse pública. É meu dever aproveitar bem os recursos públicos.”

Ciro e o SUS

O candidato Daciolo quis saber de Ciro quais suas proposta para a saúde e provocou, devolvendo ironia feita pelo pedetista no debate da Band: “”A democracia é uma delícia, uma delícia. O senhor ficou doente, correu para o Sírio Libanês, por que não foi para um hospital público?” Ciro disse que o médico que o acompanha o chamou para o hospital particular, e ele foi. Destacou que não é “demagogo” e que é um privilegiado por poder ter acesso a um plano de saúde. Como proposta, citou a criação de policlínicas, além da revogação do teto dos gastos aprovado pelo governo Temer.

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