Casas de apostas se unem ao boicote das redes sociais para combater o racismo

Movimento de empresas como MansionBet, Smarkets e BHA junta forças com diversas outras entidades esportivas como a Premier League e a UEFA

Diversas casas de apostas ao redor do mundo como MansionBet, Smarkets e BHA confirmaram que apoiarão o “apagão” das redes sociais como forma de combate ao abuso online.

A atitude vai na mesma direção de clubes do futebol inglês, que assim como jogadores e patrocinadores, ficarão afastados das redes sociais por um determinado período de tempo para fomentar a conscientização e ajudar a eliminar a disseminação de ódio nestas plataformas.

Este movimento das empresas de apostas junta forças com diversas outras entidades esportivas como a Associação Inglesa de Futebol, a Premier League e a UEFA, com o objetivo de combater o ódio racial que vem sendo disseminado no ambiente virtual.

Movimento de empresas como MansionBet, Smarkets e BHA junta forças com diversas outras entidades esportivas como a Associação Inglesa de Futebol, a Premier League e a UEFA
Créditos: Reprodução Twitter | @PremierLeague

Movimento de empresas como MansionBet, Smarkets e BHA junta forças com diversas outras entidades esportivas como a Associação Inglesa de Futebol, a Premier League e a UEFA

Apoio das operadoras

A MansionBet foi uma das primeiras empresas a se manifestarem a favor do movimento, compartilhando nos seus perfis oficiais a seguinte mensagem: “Boicote planejado às redes sociais neste fim de semana em uma demonstração de solidariedade e luta contra o racismo e o abuso online”.

Dana Bocker, que é chefe de marketing integrado da companhia, ainda acrescentou: “Estamos com nossos parceiros e todas as ligas de futebol em sua luta contínua contra o racismo. Como um sinal de respeito aos clubes que patrocinamos e seus jogadores, temos o orgulho de nos juntar a este movimento.”

Já a Smarkets anunciou sua adesão oficial ao movimento confirmando que todas as suas contas nas redes sociais ficarão inativas por alguns dias. Segundo nota oficial da empresa, tanto o racismo, quanto o abuso online, não têm espaço na sociedade e que eles sempre permanecerão solidários às pessoas afetadas.

Ainda de acordo com o comunicado, a empresa afirmou que esta questão é muito importante e merece a atenção das companhias de mídia social, que devem se esforçar mais para combater esse tipo de prática inaceitável em suas plataformas.

Independentemente do movimento em relação às redes, as casas de apostas que aceitam Pay4fun permanecerão abertas para negócios com o público, além de oferecerem um meio de pagamento acessível e confiável para quem ainda não sabe por onde começar.

Outra grande empresa do mercado de apostas que se comprometeu publicamente a aderir ao boicote foi a Flutter. Em uma postagem em seu perfil oficial no Twitter, a companhia explicou que está apoiando o futebol inglês no combate à disseminação de ódio nas redes.

Seguindo o movimento, a entidade British Horseracing Authority (BHA), que é a Autoridade Britânica de Corridas de Cavalos, também se posicionou a favor da iniciativa, deixando claro em sua postagem no Twitter que já está mais do que na hora de acabar com a disseminação de ódio nas redes e que uma mudança é mais do que necessária.

Clubes do Campeonato Inglês e pilotos de Fórmula 1 também aderem ao boicote

Os times que disputam o Campeonato Inglês também apoiaram a campanha, sendo que o atual líder do torneio, o Manchester City, afirmou em nota que o futebol inglês iria se unir a outras organizações e esportes para boicotar as redes sociais e solicitar mudanças.

Atitude seguida pelo Liverpool, outro grande time inglês, que aderiu ao “apagão” afirmando que as empresas precisam combater mais o ódio online, em reposta aos frequentes casos de discriminação e abusos sofridos.

O Everton, time defendido pelo atacante da seleção brasileira Richarlyson, também comunicou sua adesão ao protesto, solicitando ações significativas para encerrar os abusos discriminatórios que muitos enfrentam no ambiente virtual.

Seguindo o protesto iniciado pelas entidades e jogadores do futebol inglês, diversos pilotos de Fórmula 1 se solidarizaram e se manifestaram à favor da causa, entre eles George Russell, Nikita Mazepin, Lando Norris e Mick Schumacher.

Já o heptacampeão mundial Lewis Hamilton, que é conhecido por ser um defensor de causas sociais, foi o primeiro a demonstrar apoio ao protesto.

“Em solidariedade à comunidade do futebol, não postarei nada nas minhas redes sociais neste fim de semana”, explicou o heptacampeão. “Não há lugar para quaisquer tipos de abusos em nossa sociedade, seja online ou offline. E tem sido muito fácil para uma pequena parcela espalhar o ódio por trás de suas telas”.

Para encerrar seu anúncio, o piloto ainda afirmou que o esporte tem o poder de unir todos nós e que não devemos continuar a aceitar abusos. “É nosso dever fazer a diferença para as futuras gerações”, concluiu.