Crise no CE: 160 atos de violência são registrados em 6 dias

Os crimes são atribuídos a facções criminosas da região, como o Comando Vermelho e os Guardiões do Estado

Ao menos quatro ônibus foram incendiados na madrugada desta quarta-feira, 8, na região metropolitana de Fortaleza.  Com isso, subiu para 160 o número de ocorrências de violência nos últimos seis dias  no Ceará. Em função da crise de segurança que atinge o estado, a  Força Nacional foi chamada ajudar no controle da situação.

Novos Ataques

De acordo informações divulgadas pela Agência Brasil, Em menos de 24h, bandidos atearam fogo em dois coletivo, um no município de Aracati e outro em Maranguape. Outros dois ônibus também foram atacados em linhas que circulavam na madrugada, em bairros de Messejana. A circulação do transporte chegou a ser interrompida, mas foi retomada nesta manhã.

Houve ainda uma tentativa de explosão da Ponte dos Tapebas, em Caucaia. Um buraco foi aberto no piso do viaduto.

A morte de uma criança de 5 anos vítima de uma bala perdida foi registrado. Um jovem de 15 anos que também foi atingido está internados. Os casos estão sendo investigados para saber se há relação com os ataques que afetam o estado. Todos os crimes aconteceram na região metropolitana de Fortaleza.

Homens da Força Nacional foram enviados para ajudar a conter onda de violência que atinge o Ceará.
Créditos: José Cruz/Agência Brasil
Homens da Força Nacional foram enviados para ajudar a conter onda de violência que atinge o Ceará.

Na capital do Ceará, ainda durante a madrugada, um carro de uma autoescola com duas pessoas foi igualmente queimado no bairro Jangurussu. As pessoas que estavam no veículo tiveram ferimentos, mas seguem bem.

Para conter a grave onda de violência, ainda segundo a Agência Brasil,  homens da Foça Nacional foram enviados. Os governos da Bahia, Piauí, Pernambuco e Santa Cataria também disponibilizaram contingentes para reforçar a segurança e conter a crise.

Entenda a crise

Os levantes que estão afetando diretamente o Ceará são atribuídos a facções criminosas da região, como o Comando Vermelho (CV) e os Guardiões do Estado (GDE). A motivação para os crimes estaria relacionada ao fato de o secretário de Administração Penitenciária, Mauro Albuquerque, ter anunciado um enrijecimento das regras no sistema prisional. Dessa forma, os ataques seriam uma represália
à medida.