Por declaração homofóbica, Bolsonaro tem condenação mantida

Palácio do Planalto não se manifestou sobre condenação de Bolsonaro

Recentemente apontado pelo prefeito de Nova York (EUA), Bill de Blasio, como homofóbico, Jair Bolsonaro (PSL) voltou a ser condenado por declarações preconceituosas. Com a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, anunciada na noite da última quinta-feira, 9, o mandatário terá que pagar R$ 150 mil por danos morais ao Ministério da Justiça.

A condenação diz respeito a uma entrevista de 2011 cedida ao extinto CQC na época exibido pela TV Bandeirantes. Questionado sobre sua reação caso tivesse um filho gay, Bolsonaro respondeu que isso jamais aconteceria porque (seus filhos) “tiveram uma boa educação”.

No passado, Bolsonaro afirmou em diversas entrevistas que é “homofóbico, com muito orgulho” e que preferia ter um filho morto a um filho homossexual

Desde então, o recurso estava sob análise do tribunal como embargo de declaração – quando exige-se, a pedido do acusado, esclarecimentos sobre a decisão.

No entanto, segundo interpretação da Justiça, as declarações de Bolsonaro não deixam dúvida sobre o teor de intolerância. Apesar disso, Bolsonaro pode apelar aos tribunais superiores. O Palácio do Planalto não quis se manifestar.