Delação de Cunha atinge a cúpula que liderou impeachment de Dilma

Segundo colunista, a delação envolve os ministros Moreira Franco, Eliseu Padilha e o senador Romero Jucá

06/07/2017 11:18 / Atualizado em 15/08/2017 19:13

Depois de rascunhar mais de cem anexos do acordo de delação premiada para a Operação Lava-Jato, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já está finalizando os textos e deve entregar na próxima semana. As informações são da colunista Mônica Bergamo, da “Folha de S. Paulo”.

Eduardo Cunha deve ter provas sólidas para as acusações que fará em sua delação
Eduardo Cunha deve ter provas sólidas para as acusações que fará em sua delação - José Cruz/Agência Brasil

O presidente Michel Temer deve ter envolvimento direto na delação de Cunha, assim como os ministros Moreira Franco (Secretaria Geral), Eliseu Padilha (Casa Civil) e o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Esse foi o grupo que liderou o movimento que resultou no impeachment de Dilma Rousseff, em 2016.

Além da participação em negociações políticas, o ex-deputado também teria feito parte de esquemas para arrecadar recursos de campanhas eleitorais e recebido propina dessa cúpula. Cunha deve ter provas sólidas para as acusações.

Preso em Curitiba, as autoridades reservaram uma sala especial no Complexo Médico-Penal de Pinhais para que ele possa conversar com os advogados que devem redigir os anexos da delação. Diego Lins e Silva, advogado de Cunha, negou que o peemedebista esteja negociando acordo de delação premiada.

A colaboração de Cunha e de seu operador, o doleiro Lucio Funaro, podem compor a segunda denúncia contra Temer que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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