Delegado não vê indícios de homofobia em crime no metrô

Os primos Ricardo Nascimento e Alipio dos Santos estão presos e foram denunciados por homicídio qualificado

O delegado Rogério Marques, que investiga o assassinato do ambulante Luiz Carlos Ruas no metrô, após ter defendido uma travesti, diz que não há indícios de que seja um caso de crime de intolerância ou ligado à homofobia.

Alípio (esq.) e Ricardo estão presos após terem agredido ambulante no metrô

Ao portal de notícias G1 Marques afirmou que “não há nada que leve a crer que eles agrediram por serem homossexuais, moradores de rua, nada disso”.

Ruas morreu no último domingo, dia 25, na estação Pedro 2º do metrô depois de ser espancado por Ricardo Martins do Nascimento e Alipio Rogério Belos dos Santos. Ele tentava defender um morador de rua e uma travesti que eram perseguidos pelos primos.

Nascimento e Santos estão presos e foram indiciados por homicídio qualificado. Eles foram reconhecidos por todas as 14 testemunhas e nem eles negaram o crime. Segundo o delegado, os dois estão arrependidos e dizem que o crime aconteceu por estarem alcoolizados.

Segundo especialistas em direito criminal ouvidos pelo G1, as imagens oferecem elementos para que Nascimento e Santos sejam denunciados por homicídio triplamente qualificado e possam pegar pena de 30 anos de prisão. Leia a reportagem na íntegra.