Dimenstein: assessora de Bolsonaro era personal de famosos

Nathalia Queiroz, filha do motorista Fabrício Queiroz, é mais uma dor de cabeça Jair Bolsonaro, já suspeito no caso Wal do Acaí – a mulher empregada em sua assessoria, mas com funções fora do gabinete.
Além de estar na famosa lista da Coaf por motivações suspeitas em sua conta, ela recebia R$ 10 mil reais mensais para trabalhar no gabinete do deputado. Mas, ao mesmo tempo, era personal trainer. Na sua lista, vários famosos Bruno Gagliasso e Bruna Marquezine.
A descoberta da Folha de S. Paulo vai obrigar agora Nathalia a provar que realizada suas atividades de personal sem prejudicar as 40 horas semanais obrigatórias no gabinete de Bolsonaro.
Curiosidade: ela foi demitida da assessoria no mesmo dia – 15 de outubro – em que seu pai, o motorista, era retirado do gabinete de Flávio Bolsonaro.

Antes de trabalhar com o pai, ela estava no gabinete do filho Bolsonaro, mas também acumulada várias funções, como revelou reportagem do UOL:

” Nathalia de Melo Queiroz trabalhou como recepcionista em uma rede de academias no Rio no mesmo período em que aparecia na folha de pagamento da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio). De acordo com a Bodytech, a filha do motorista Fabrício José Queiroz, então com 22 anos, era contratada em regime CLT e dava expediente no Norte Shopping, a 14 km do prédio da Alerj”. E ainda  estudava.

Nathalia, que também foi funcionária de Flávio Bolsonaro, começou a apagar rastros, como relata a Folha.
“Antes da ligação, a foto no WhatsApp veiculado a este número era de Nathalia. Logo depois, foi apagada —assim como seu Instagram e Facebook.
“No domingo (9), a Folha questionou o presidente eleito sobre a função exercida pela personal trainer em seu gabinete. “Ah, pelo amor de Deus, pergunta para o chefe de gabinete. Eu tenho 15 funcionários comigo”, respondeu.
A reportagem ligou diversas vezes para Jorge Oliveira, que chefiava o gabinete no período em que Nathalia era funcionária de Jair Bolsonaro, mas não obteve resposta.””
O complicador nesse caso é que atinge não apenas o filho Flávio, mas diretamente o presidente, já chamuscado com o cheque depositado pelo motorista para sua mulher, que seria pagamento de uma dívida – uma dívida não registrada no imposto de renda.