Dimenstein: o jornalismo já ganhou essas eleições; e de lavada

O jornalismo já venceu nestas eleições – e de lavada. Em meio a tantas mentiras e manipulações difundidas nas redes sociais, vindas de todos os lados, o jornalismo foi o espaço mais seguro para conferir o que é fake news.

O brasileiro viu, como nunca, o poder de manipulação das redes. E começou a aprender a desconfiar.

Mostrou-se como o WhatsApp foi usado para disseminar mensagens com recursos clandestinos. A reportagem da Folha obrigou a ação do TSE, Polícia Federal e Procuradoria-Geral da República.

Facebook tirou do ar um conglomerado gigantesco de páginas a favor de Bolsonaro que tinha um número de interações superior a Anitta, Neymar e Madonna juntos – a investigação foi do “Estadão”.

A falecida Beatriz Segall que teria sido atacada por petistas

Os meios de comunicação montaram esquemas apenas para investigar e denunciar as manipulações, como o projeto Comprova e o “Fato ou Fake”. Desmontaram-se mentiras contra Fernando Haddad e Bolsonaro.

Com os recursos tecnológicos, os veículos de comunicação tiveram mais condições de captar as ondas de mentiras na rede. A Catraca Livre, por exemplo, ofereceu R$ 100 mil para o aperfeiçoamento de um robô pelo “Aos Fatos” para captar fake news via Twitter.

As mentiras nas redes sociais tiveram um gigantesco impacto, afinal correm rapidamente, usando os labirintos das redes sociais. São muito mais ágeis do que a a verdade. Mas aprendemos a lidar melhor com elas.

Foi assim que vencemos as eleições: mostrando que nada substitui o jornalismo profissional. No jornalismo profissional, a mentira é um problema a ser consertado, com desculpas ao leitor. Não um método de trabalho.