Dois anos após assassinato de Claudia, PMs acusados pelo crime ainda não foram julgados

Caso passou pela mão de três juízes e, dois anos depois, ninguém foi julgado. Policiais são acusados por homicídio doloso e fraude processual

Nesta quarta-feira, 16 de março, completam-se dois anos da morte de CLAUDIA SILVA FERREIRA. E você, leitor, talvez não lembre, mas CLAUDIA foi arrastada por uma viatura da PM por 300 metros na estrada Intendente Magalhães, lado norte do subúrbio carioca, após ser alvejada por tiros que tem endereço anunciado. E os seis policiais acusados pelo crime seguem soltos, em serviço, e sequer foram julgados.

Consta-se, aliás, segundo informações do jornal Extra, que processo já passou pelas mãos de três juízes e atualmente está sob responsabilidade do 3º Tribunal do Júri da Capital. Apesar disso, a primeira audiência nem data marcada tem.

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O que aconteceu então?

Em julho de 2014, o tenente Rodrigo Medeiros Boaventura e o o sargento Zaqueu de Jesus Pereira Bueno foram indiciados pela Polícia Civil por homicídio. Mas por decisão da juíza Aline Gomes dos Santos, da 3ª Vara Criminal, um processo foi enviado para a Auditoria Militar, sob argumento de que o crime se enquadraria na categoria “homicídio culposo” – quando não há intenção de matar.

Com a resistência dos promotores, que alegaram o contrário, o episódio chegou às mãos do procurador-geral de Justiça do estado, Marfan Vieira, que aceitou a denúncia de homicídio doloso – quando há a intenção. Entretanto, só foi enviado à Justiça em março do ano passado.

Fraude processual e alteração da cena do crime

Além dos oficiais citados, os subtenentes Adir Serrano e Rodney Archanjo, o sargento Alex Sandro da Silva e o cabo Gustavo Ribeiro Meirelles também respondem pelo crime de fraude processual.

Eles são acusados de modificarem a cena do crime, quando removeram Claudia, já morta, do Morro da Congonha, em Madureira. Apesar de todas as informações, desde dezembro do ano passado, não houve qualquer novidade no processo. Confira a matéria na íntegra na página do jornal Extra.