Doria promete flexibilização da quarentena após fim do decreto

Flexibilização da quarentena levará em conta ocupação dos leitos de UTI das cidades e números de casos

Em entrevista à rádio Jovem Pan na manhã desta quarta-feira, 20, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), considerou a possibilidade de flexibilização da quarentena de forma escalonada e heterogênea a partir de junho. A retomada das atividades deve acontecer após o vencimento do decreto estadual que segue até 31 de maio.

Doria, no entanto, ponderou que a retomada da economia no estado. “Haverá um período, sim, a partir de 1 de junho em fases escalonadas, cuidadosas, zelosas e isso feito com o setor privado para a flexibilização. Mas quando possível. Neste momento, não. Nós estamos no pior momento do coronavírus no Brasil, não é em São Paulo.”

Comércio fechado na rua 25 de Março durante a quarentena.
Créditos: Rovena Rosa/Agência Brasil
Comércio fechado na rua 25 de Março durante a quarentena.

Próximos passos

Ainda de acordo com o governador, 26% dos 645 municípios de São Paulo não têm registro de coronavírus e este fator deve ser levado em conta para o processo de reabertura. Enquanto em cidades atingidas, a taxa de ocupação do sistema de saúde definirá o modelo de flexibilização.

Apesar do aparente otimismo, na última terça-feira, 19, o Brasil registrou mais de mil mortes diárias causadas pela covid-19. E o cenário é ainda menos favorável na região metropolitana de São Paulo, onde 88% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) encontram-se ocupados. No estado o índice é de 71%. De acordo com Doria, a taxa de segurança é de 70%

Estado mais atingido pela pandemia, São Paulo tem 65.995 casos confirmados de Covid-19 com 5.147 mortes causadas pela doença.