Em vídeo, suspeito de ataque à Porta dos Fundos ataca Lula e Boulos

A Polícia Civil do Rio de Janeiro pediu a inclusão de Eduardo Fauzi na lista de procurados pela Interpol

Eduardo Fauzi, que assumiu a autoria do ataque à sede da produtora do Porta dos Fundos, gravou um vídeo atacando o ex-presidente Lula e o líder do MTST, Guilherme Boulos.

No vídeo, o empresário que estará foragido na Rússia, também disparou contra o humorista Fábio Porchat, ao qual chamou de hipócrita por associar as reações negativas ao Especial de Natal do grupo humorístico à homofobia.

Suspeito de atacar sede do Porta dos Fundos fugiu para Rússia
Créditos: Divulgação
Suspeito de atacar sede do Porta dos Fundos fugiu para Rússia

Sobre o ex-presidente, o empresário foragido diz que “quando Lula diz que um menor não pode ser violentado pela polícia por roubar um celular, isso é um absurdo!”. Quanto a Guilherme Boulos, Fauzi afirma que o líder sem-teto “vive de invadir propriedade particular, extorquir pessoas, e ninguém fala nada”.

Fauzi, que é filiado ao PSL –partido que elegeu o presidente Jair Bolsonaro– ainda minimiza o ataque a bomba à produtora do grupo e diz que o ato não foi um atentado terrorista. “Não houve dano material nenhum, vítima nenhuma, ninguém foi posto em perigo. O que está sendo julgado ali é dentro de opinião. Porque quando alguém se levanta contra, o sistema bate pesado, se protege como uma máfia”.

O empresário termina o vídeo com o “anauê”, saudação típica dos integralistas.

Asilo politico

Eduardo Fauzi é considerado foragido desde a última terça-feira, 31, quando foi alvo de uma operação policial que realizou buscas em dois endereços comerciais e dois residenciais, no Rio de Janeiro.

O empresário viajou para a Rússia no dia 29 de dezembro, um dia antes de ser expedido um mandado de prisão contra ele. Na quinta-feira, 2, a Polícia Civil do Rio incluiu o nome de Fauzi na lista de procurados pela Interpol.

Em entrevista ao site Projeto Colabora, Fauzi afirmou que vai pedir asilo político à Rússia.

“Eu sou o candidato típico [ao asilo]. Mas a decisão é política. Se não houver interesse político eles não me não me asilam”, disse.