Entenda o bate boca entre Rodrigo Maia e Bolsonaro

Bate Boca começou semana passada sobre a Reforma da Previdência

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez um apelo nesta quarta-feira, 27, ao presidente Jair Bolsonaro: “Pare, chega, peça ao entorno para parar de criticar”.

Bate Boca entre Rodrigo Maia e Bolsonaro tem origem na reforma da Previdência
Créditos: Agência Brasil/Wilson Dias
Bate Boca entre Rodrigo Maia e Bolsonaro tem origem na reforma da Previdência

Maia deu a declaração poucas horas após dizer que, enquanto o país tem milhões de desempregados e registra milhares de assassinatos todos os anos, Bolsonaro está “brincando de presidir”.

Bolsonaro afirmou em resposta que “não existe brincadeira, muito pelo contrário”, durante visita a São Paulo.

“Se foi isso mesmo eu lamento, porque não é uma palavra de alguém que conduz uma Casa. É uma irresponsabilidade. A nossa forma de governar é respeitando todo mundo e o povo brasileiro. Não existe brincadeira da minha parte muito pelo contrário. Até quero acreditar que ele não tenha falado isso”, disse o presidente.

Em resposta a crítica de Bolsonaro, o presidente da Câmara afirmou: “Eu acho que o Brasil perde. A bolsa está caindo, a expectativa dos investidores está ficando menor. Expectativa positiva. Então, ninguém ganha com isso. Eu até faço um apelo ao presidente que pare, chega, peça ao entorno para parar de criticar. Pare de criticar. Vamos governar”, declarou Rodrigo Maia.

Nos últimos dias, a relação de Rodrigo Maia e Bolsonaro entrou em grave atrito porque os dois passaram a divergir publicamente sobre a quem cabe a articulação para aprovação da reforma da Previdência.

Isso porque Bolsonaro tem afirmado que essa é uma responsabilidade do Congresso Nacional, onde Rodrigo Maia preside da Câmara dos Deputados, e afirma que o governo não pode “terceirizar” a articulação política.

Na prática enquanto o presidente da República e da Câmara dos Deputados não entrarem em uma movimentação de paz, não tem reforma que saia do papel. Nem a proposta pelo governo, nem uma nova versão.