Equipe da Globo é expulsa com empurrões de protesto em São Paulo

Cinegrafista da Globo é expulso da Câmara Municipal de São Paulo
Cinegrafista da Globo é expulso da Câmara Municipal de São Paulo

Um cinegrafista da Rede Globo foi expulso com empurrões de um protesto na tarde desta terça-feira, 12, na Câmara Municipal de São Paulo.

O repórter cinematográfico Marcelo Campos registrou o momento em que agentes da Guarda Civil Metropolitana (GVM) o mandaram sair a empurrões enquanto tentava trabalhar durante o protesto de estudantes contra o projeto de lei Escola Sem Partido.

O cinegrafista foi expulso enquanto registrava a ação truculenta da GCM que expulsava os manifestantes que estavam na Câmara Municipal por ordem do presidente da casa, o vereador Milton Leite (DEM).

Após ser questionado por uma agente se tinha autorização para estar ali, o câmera foi agredido. “Eu preciso tirar a Globo daqui. Eu preciso tirar a Globo daqui. Tira ele! Tira ele! Ele está sem autorização!”, teria dita a agente.

Em seguida, o cinegrafista alegou ter sido agredido pelo guarda municipal. “Mas não precisa empurrar! Eu estou saindo! […] Não precisa bater na minha cara! Você está batendo na minha cara!”, gritou Marcelo Campos.

As imagens foram exibidas durante o telejornal “SPTV 2ª Edição”. A apresentadora do noticiário, Michelle Barros, ressaltou que, segundo a Câmara, a imprensa não precisa de autorização por ser uma audiência pública.

“A sessão de hoje na Câmara Municipal de São Paulo terminou em violência, confusão e tentativa de coibir a liberdade de imprensa. Tudo começou quando um grupo de estudantes que acompanhava o trabalho dos vereadores fez um protesto. Os manifestantes foram retirados à força pela Guarda Civil Metropolitana, que também agiu com truculência contra o trabalho da nossa equipe”, disse a apresentadora no início do telejornal.

“Lastimável, o mínimo. Sobre não termos autorização para gravar, como foi dito pelos guardas metropolitanos que expulsaram a nossa equipe, o chefe da assessoria de imprensa da Câmara Municipal, Luís Carlos Eblk, reafirmou que não precisamos de autorização para gravar lá porque as audiências são públicas”, continuou ela.

“O presidente da Câmara, Milton Leite, do DEM, disse que ordenou apenas a retirada de dois estudantes das galerias e que em caso de manifestações e tumultos é recomendável que as equipes de reportagem não fiquem no local para sua própria segurança. Tem que ser de todo mundo, né?”, questionou Michelle Barros.

Confira o vídeo da confusão aqui

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