EUA banem agrotóxico que é um dos mais vendidos no Brasil
Agrotóxico é classificado pela ONU como arma de destruição em massa
Usado na produção agrícola brasileira desde a década de 1980, o inseticida Clorpirifós está relacionado à má formação no cérebro de bebê, causando, em alguns casos, redução de QI.
Enquanto por aqui o atual governo atua pela liberação de agrotóxicos, nos Estados Unidos, uma corte federal decidiu banir a venda do inseticida.
O produto, que desde 2000 teve o uso caseiro proibido e vetada sua comercialização nos EUA, pertence à mesma classe química do gás sarin, classificado pela ONU como arma de destruição em massa.
Em 2014, segundo dados divulgados pelo Ibama, o uso do agrotóxico alcançou seu recorde quando mais de 16 mil toneladas foram vendidas em todo o país.
Desde então, o número de vendas começou a cair até atingir pouco menos de 6.500 toneladas em 2017, último dado disponível.
Entre os dez mais usados
Ainda de acordo com o Ibama, o clorpirifós figurou por quatro anos seguidos (2013, 2014, 2015 e 2016) entre os dez agrotóxicos mais comercializados no Brasil.
Anomalias cerebrais
Estudo realizado em 2012 por pesquisadores das universidades de Columbia, Emory e Duke e pelo Instituto Psiquiátrico do Estado de Nova York analisaram ressonâncias magnéticas de 40 crianças de 5 a 11 anos para entender a possibilidade de alterações na estrutura cerebral.
O estudo comparou metade das crianças que tiveram alta exposição à substância antes de nascer com outras 20 que tiveram baixa exposição.
Após análise, concluiu-se anomalias cerebrais às crianças causadas pela maior exposição ao pesticida e, consequentemente, relacionadas a quedas no QI.