Ex-jogador de futebol é acusado de esquartejar a irmã por herança

Designer gráfica Samura Sento Sé Braz chegou a ser dada como desaparecida, mas as partes de seu corpo foram encontradas em uma praia da Ilha do Governador

O ex-jogador de futebol Luis Antônio de Medeiros Senna, de 45 anos, foi acusado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro de ter assassinado a irmã, Samura Sento Sé Braz, de 34. A designer gráfica foi morta a facadas na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio de Janeiro e depois esquartejada. As informações são do Extra.

Ex-jogador teria esquartejado a irmã por herança
Créditos: Divulgação
Ex-jogador teria esquartejado a irmã por herança

Polícia Civil trabalha apura que Luis Antônio usou o box do banheiro de casa para esquartejar o corpo da irmã, após assassiná-la com 30 facadas. Segundo o relatório da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), o irmão de Samura também tentou esconder o corpo.

No último dia 23, agentes da DDPA foram à casa de Luis para intimá-lo a prestar novo depoimento, mas ele fugiu pelos fundos do imóvel. O ex-jogador de futebol passou por times como o Fluminense, Botafogo, Bahia, Bangu e Portuguesa, e atualmente estava desempregado.

Nesta quarta-feira, 27, agentes da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) estiveram na residência, localizada no bairro Jardim Carioca, na Ilha do Governador e fizeram testes com luminol, produto que identifica a presença de sangue. De acordo com a delegada Elen Souto, titular da DDPA, a substância reagiu em diversos pontos da suíte que era usada por Samura, inclusive dentro do box.

A designer gráfica não foi vista mais desde a noite do último dia 13, mas o desaparecimento só foi registrado uma semana depois por amigos da moça e o próprio assassino. Luis, mesmo morando com ela, não procurou a polícia para registrar o sumiço repentino até ser pressionado pelos amigos da vítima. No dia 16, foi encontrado apenas o tronco da designer e, no outro dia, os membros e a cabeça.

Samura chegou a ser dada como desaparecida
Créditos: Divulgação
Samura chegou a ser dada como desaparecida

No primeiro depoimento Luis afirmou não ter visto a irmã na noite do desaparecimento e disse acreditar que “ela tinha viajado e não atendeu ao telefonema de ninguém”. Quando foi perguntado pelos investigadores sobre o motivo de ter demorado oito dias para tomar providências para localizar a irmã, ele afirmou que “entendeu [o desaparecimento] como algo normal, já que ela [Samura] saía e não dava satisfação”.

A mulher de Luis, que mora na mesma casa que Samura, desmentiu o depoimento do marido em vários pontos e afirmou que as brigas entre os irmãos eram constantes.

O crime teria sido motivado por uma disputa pela herança deixada pela mãe adotiva de Luis e Samura, que morreu em agosto de 2014. No testamento, a casa onde ambos moravam foi deixada para Samura, o que deu início a brigas frequentes entre os irmãos.