Explosão em Beirute interrompe ensaio fotográfico de noiva; veja

Nas imagens é possível ouvir a explosão e ver que a noiva e as pessoas que estavam junto com ela serem lançadas ao chão

Um ensaio fotográfico de casamento acabou registrando o momento da explosão na região portuária de Beirute, no Líbano, na terça-feira, 4.  As imagens foram registradas pelo fotógrafo Mahmoud Nakib, que filmava o buquê em cima do longo vestido branco da noiva, identificada como Israa Seblani, no momento do impacto.

Noiva fazia ensaio fotográfico quando houve explosão em zona portuária de Beirute, no Líbano
Créditos: Reprodução/YouTube
Noiva fazia ensaio fotográfico quando houve explosão em zona portuária de Beirute, no Líbano

No vídeo, é possível ouvir a explosão e ver a noiva e as pessoas que estavam com ela serem lançadas ao chão com a força da onda de ar que se formou após a explosão.

A filmagem foi feita momentos após a cerimônia de casamento, que aconteceu no Le Gray Hotel, na região central de Beirute, segundo a agência de notícias Reuters. Israa Seblani foi levada para um prédio próximo após a explosão.

Equipes de resgate libanesas seguem vasculhando os escombros à procura de sobreviventes da tragédia no porto de Beirute. Um homem de 27 anos foi resgatado com vida após 16 horas.

A tragédia deixou mais de 100 mortos, 4 mil feridos e 100 desaparecidos, segundo a Cruz Vermelha libanesa.

A suspeita é que a explosão aconteceu em um armazém que guardava nitrato de amônio —substância para fabricar fertilizante–, que tem grande potencial explosivo quando exposto a altas temperaturas.

Em pronunciamento ontem, o primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, prometeu que “esta catástrofe não passará sem que os culpados sejam responsabilizados. Os responsáveis pagarão o preço”.

Como medida, o governo do Líbano decretou hoje a prisão domiciliar de todos os responsáveis pela autoridade portuária de Beirute desde 2014.

Além de destruir tudo a sua volta, a explosão atingiu silos de trigo que ficavam no porto. Estimativas do governo libanês indicam que cerca de 85% dos grãos do país, que são majoritariamente importados, estavam armazenados no local que foi destruído.