Ferramenta de caça-robô desmascara ataques artificiais à CPI

As ‘milícias digitais’ passaram a ter menos efeito com o uso de inteligência artificial

Quem imaginou que o uso das redes sociais intimidaria os senadores de oposição ao governo Jair Bolsonaro (sem partido) na CPI da Covid não contava com uma ferramenta de “caça-robôs” que desmarcara ataques feitos por perfis falsos.

A maior parte das ofensas e ameaças são dirigidas ao presidente Omar Aziz (PSD-AM), ao vice Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e ao relator Renan Calheiros (MDB-AL), mas outros parlamentares também sofrem ataques sempre que questionam medidas do governo.

Os senadores Omar Aziz e Renan Calheiros durante entrevista após a instalação da CPI da Pandemia, no Senado Federal.
Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Os senadores Omar Aziz e Renan Calheiros durante entrevista após a instalação da CPI da Pandemia, no Senado Federal.

Por isso, Calheiros resolveu compartilhar esses dados com outros senadores. Em um dos episódios, a ferramenta detectou que até 78% dos ataques eram artificiais, segundo o blog de Octavio Guedes, comentarista da GloboNews.

Como efeito direto, a CPI da Covid passou a se sentir menos intimidada pelo sistema de robôs e mais livre para fazer os questionamentos necessários.

O sistema foi desenvolvido graças a um trabalho de pesquisa da Universidade de Indiana.