Flordelis chora em depoimento e pede para não usar tornozeleira
Juíza determinou na semana passada que a deputada e pastora coloque o equipamento eletrônico
A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) prestou um depoimento bem emocionado à corregedoria da Câmara nesta terça-feira, 22. A parlamentar “chorou muito” em alguns momentos da oitiva, bem diferente de quando foi notificada da abertura do processo por quebra de decoro.
Flordelis respondeu a dez perguntas relacionadas à quebra de decoro parlamentar e denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro, na qual ela é acusada de ser mandante da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo.
Segundo o corregedor da Câmara, deputado Paulo Bengtson (PTB-PA), Flordelis estava tranquila, porém bastante emocionada. “Emocionava-se toda vez que citava o caso, o marido, os filhos e a própria casa. Chorou bastante”, relatou o parlamentar. O teor do processo disciplinar é sigiloso.
O corregedor agora tem 45 dias para se posicionar sobre o caso. O prazo começa a correr a partir do dia seguinte da entrega da defesa.
Flordelis recorre de tornozeleira
No dia 18 de setembro, a Justiça decidiu que a deputada deve ser monitorada por tornozeleira eletrônica e que fique em casa entre às 23h e 6h. No entanto, Flordelis ainda não se apresentou à Secretaria de Administração Penitenciária do Rio (Seap), responsável pela colocação do acessório.
Nesta terça-feira, os advogados de defesa da deputada entraram com um habeas corpus no TJ-RJ para tentar impedir que que ela seja monitorada por tornozeleira eletrônica.
No pedido, a defesa da parlamentar pede que os desembargadores afastem as medidas cautelares de monitoramento por tornozeleira eletrônica e o recolhimento noturno.
O advogado Anderson Rollemberg, que defende Flordelis, afirmou que a parlamentar vai aguardar o julgamento do habeas corpus para se apresentar à Seap.