Fraude em currículo faz Planalto adiar posse de ministro da Educação

Segundo o colunista, Bolsonaro ordenou que a Abin faça uma rechecagem do currículo de Carlos Alberto Decotelli

O Palácio do Planalto decidiu adiar a posse do novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, que estava marcada para esta terça-feira, 30.

O motivo seriam as revelações de que o novo titular do MEC fraudou seu currículo, com doutorado (na Argentina) e pós-doutorado (na Alemanha) inexistentes. A informação é do colunista Lauro Jardim, do O Globo.

O presidente Jair Bolsonaro com o novo Ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli
Créditos: Marcos Corrêa/PR
O presidente Jair Bolsonaro com o novo Ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli

Segundo o colunista, o presidente ordenou que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) faça uma rechecagem do currículo de Decotelli.

Desde que foi anunciado para assumir a vaga de Abraham Weintraub, Decotelli passou a ter as informações de seu currículo questionadas.

A mais recente surgiu nesta segunda-feira. 29. A Universidade de Wüppertal, na Alemanha, negou que Carlos Alberto Decotelli estudou por dois anos na instituição, como consta no Lattes do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

Segundo a universidade alemã, o novo ministro do MEC conduziu pesquisas na instituição por um período de três meses em 2016, mas sem concluir qualquer programa de pós-doutoramento.

Um dia pós de ser anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro como ministro, Carlos Alberto Decotelli teve o título de doutor questionado pelo reitor da Universidade Nacional de Rosário.

“Cursou o doutorado, mas não o concluiu, pois lhe falta a aprovação da tese. Portanto, ele não é doutor pela Universidade Nacional de Rosário, como chegou a se afirmar”, disse Franco Bartolacci.