Passa de 30 o número de mortos em Brumadinho

A Justiça determinou o bloqueio de R$ 1 bilhão das contas da Vale e deu 48h para a empresa apresentar ações de amparo às vítimas

Centenas de pessoas ainda seguem desaparecidas em meio ao mar de lama em Brumadinho
Créditos: Polícia Militar de MG
Centenas de pessoas ainda seguem desaparecidas em meio ao mar de lama em Brumadinho

Um novo balanço divulgado pelo Corpo de Bombeiros no fim da tarde deste sábado confirmou a morte de 34 pessoas no rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, Minas Gerais.  O número já é maior que o da tragédia de Mariana, que matou 19 pessoas em 2015.

A mineradora chegou a divulgar uma lista com o nome das pessoas que não fizeram contato desde o rompimento da barragem. De acordo com as contas da Vale, são mais de 400 pessoas, entre funcionários do quadro e terceirizados.

Dois números 0800 foram criados para envio de informações sobre pessoas desaparecidas na região. Os números para atendimento são: 0800 285 7000 (Alô Ferrovia – prioritário) e 0800 821 5000 (Ouvidoria da Vale). As ações são do Comitê de Ajuda Humanitária, formado por uma equipe de assistentes sociais e psicólogos que fazem o atendimento aos atingidos e seus familiares.

Bloqueio das contas da Vale

Após a tragédia, o juiz plantonista do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Renan Chaves Carreira Machado, a pedido da Advocacia Geral do Estado (AGE), determinou o bloqueio de R$ 1 bilhão das contas da empresa Vale. O bloqueio, decidido em caráter liminar, foi proposto pelo Estado de Minas Gerais, em face da responsabilização da empresa, com vistas ao “imediato e efetivo amparo às vítimas e redução das consequências (…) e na redução do prejuízo ambiental”.

A decisão determina, ainda, que a empresa apresente, em até 48 horas, um relatório sobre as ações de amparo às vítimas, adote medidas para evitar a contaminação de nascentes hidrográficas, faça um planejamento de recomposição da área afetada e elabore, de imediato, um plano de controle contra a proliferação de pragas e vetores de doenças diversas. Conforme a decisão, os recursos bloqueados deverão ser disponibilizados em uma conta judicial.