Grupo de mulheres contra Bolsonaro cresce e chega a 2,5 milhões

O movimento chegou a ser hackeado no último final de semana, mas já foi devolvido às administradoras

Jair Bolsonaro é o candidato mais rejeitado entre as mulheres
Créditos: Reprodução / Twitter
Jair Bolsonaro é o candidato mais rejeitado entre as mulheres

O grupo “Mulheres Contra Bolsonaro”, movimento que surgiu no Facebook, tem sido assunto recorrente na imprensa nacional pelo número alto de adeptas da corrente formada por pessoas do sexo feminino que se uniram contra a candidatura do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ). Agora, após ser alvo do ataque de hackers, a comunidade virtual atingiu a incrível marca de 2,5 milhões de participantes.

Durante o último final de semana, o grupo chegou a ser hackeado por eleitores do deputado e, ainda, sofreu com algumas tentativas para derrubá-lo e tirá-lo da plataforma digital, o que foi prontamente negado pela rede social.

Em consonância com as tentativas de excluir a página, milhares de internautas, entre anônimos e famosos, passaram a utilizar as hashtags #EleNão e #EleNunca como forma de protesto à candidatura de Bolsonaro, tornando o assunto um dos comentados do Twitter no mundo.

De acordo com informações do jornal O Estado de S.Paulo, um levantamento realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), apontou que, na última segunda-feira, 17, as hashtags contrárias ao candidato do PSL apareceram em posts críticos ao deputado em assuntos relacionados, não apenas ao grupo “Mulheres Contra Bolsonaro”, mas também em postagens com conteúdo machista, misógino e relativos à homofobia, temas delicados na vida do político, conhecido por suas falas controversas sobre o assunto.

“Duzentas mil menções em 48 horas, num fim de semana, é um número muito considerável em se tratando de internet no Brasil, sobretudo porque não houve um evento externo, como um debate por exemplo, para mobilizar a discussão. E um grupo reunindo 2,5 milhões de mulheres também é muito significativo, sobretudo por mostrarem uma unidade, manifestada pelo uso das hashtags”, disse o pesquisador Lucas Calil, da FGV.