Homem é suspeito de matar namorada ao ser impedido de ver celular

O comerciante foi preso em flagrante

O crime ocorreu em Goianira, na região central de Goiás
Créditos: Getty Images/iStockphoto
O crime ocorreu em Goianira, na região central de Goiás

Um homem foi preso em flagrante nesta quinta-feira, 30, por suspeita de matar a namorada em Goianira, na região central de Goiás. De acordo com informações do G1, o comerciante de 23 anos contou informalmente à polícia que queria ver o celular da mulher, mas ela o impediu.

João Carlos dos Reis Arantes também disse que fez o disparo achando que não teria bala. Mônica Gonzaga Bentavinne, de 22 anos, morreu após ser atingida por um tiro na cabeça durante uma briga com o namorado.

“Ele disse que era ciumento, pediu para ver o celular dela porque não queria que ela conversasse com mais ninguém. Ela se recusou, ele pegou a arma e deu um tiro para o alto, mas a arma falhou. Ele disse que achou que não tinha mais balas e disparou contra o rosto dela”, afirmou o delegado Bruno Costa e Silva, responsável pelo caso.

O suspeito tentou levar a vítima para o hospital, mas ela não resistiu. O casal estava em um relacionamento há seis meses. O homem foi autuado por feminicídio e a pena varia de 12 a 30 anos de prisão.

Denuncie

No Brasil há um número específico para receber esse tipo de denúncia, 180, a Central de Atendimento à Mulher. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano e a ligação é gratuita. Há atendentes capacitados em questões de gênero, políticas públicas para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres.

O Conselho Nacional de Justiça do Brasil recomenda ainda que as mulheres que sofram algum tipo de violência procurem uma delegacia, de preferência as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), chamadas de Delegacias da Mulher. Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.

A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e nos centros de referência de atendimento a mulheres.

Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.

Feminicídio

Feminicídio é o homicídio de mulheres como crime hediondo quando envolve menosprezo ou discriminação à condição de mulher e violência doméstica e familiar. A lei define feminicídio como “o assassinato de uma mulher cometido por razões da condição de sexo feminino”, e a pena prevista para o homicídio qualificado é de reclusão de 12 a 30 anos.

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