Homenagem a Bolsonaro constrange museu de Nova York
Presidente brasileiro foi escolhido como “Personalidade do Ano” pela Câmara de Comércio Brasil-EUA
Ativistas ambientais estão pressionando o Museu de História Natural, em Nova York (EUA), para que cancele cerimônia que homenageará o presidente Jair Bolsonaro.
Bolsonaro foi escolhido para receber o prêmio “Personalidade do Ano” da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, com sede em NY, em seu jantar de gala no dia 14 de maio.
Em nota publicada no Twitter, a administração do museu disse que o “evento externo e privado, no qual o atual presidente do Brasil será homenageado foi reservado no museu antes de o homenageado ser escolhido”.
“Estamos profundamente preocupados, e estamos explorando nossas opções”, acrescentou.
The external, private event at which the current President of Brazil is to be honored was booked at the Museum before the honoree was secured. We are deeply concerned, and we are exploring our options.
— American Museum of Natural History (@AMNH) April 12, 2019
Na quarta-feira, um grupo de representantes de povos indígenas publicaram uma carta aberta no jornal francês “Le Monde” dizendo que a política ambiental de Bolsonaro os deixa às portas de “um apocalipse”.
A premiação é concedida há 49 anos e busca homenagear dois líderes, um brasileiro e um americano, reconhecidos por melhorar as relações entre EUA e Brasil.
O jantar de gala para mais de mil convidados custa US$ 30 mil por pessoa –todas as estradas já estão esgotadas.
No ano passado, Sergio Moro –hoje ministro da Justiça– foi o brasileiro agraciado. Em 2017 foi o tucano João Doria.
A escolha de Bolsonaro já havia sido divulgada no começo de fevereiro, antes da viagem que o presidente fez aos Estados Unidos e da decisão de isentar os turistas americanos da necessidade de vista para entrar no Brasil.