Jornalistas se mobilizam para promover tuitaço contra assédio

Hashtag #MulheresJornalistasEmLuta será bombardeada no Twitter por um período de duas horas na próxima terça-feira, 10

O tuitaço foi organizado após ataques recentes contra mulheres jornalistas
Créditos: Esther Vargas/Flickr (CC)
O tuitaço foi organizado após ataques recentes contra mulheres jornalistas

O coletivo Jornalistas Contra o Assédio irá mobilizar um tuitaço na próxima terça-feira, 10, com o objetivo de alertar sobre os ataques e o assédio contra mulheres dentro da profissão e promover um ambiente seguro a elas. Entre 10h e 12h, a hashtag #MulheresJornalistasEmLuta será bombardeada no Twitter.

Para que o assunto chegue aos trending topics da rede social e chame atenção sobre os ataques que as repórteres vêm sofrendo, o grupo apela para que não somente as mulheres jornalistas e comunicadoras em geral usem a hashtag e se expressem sobre o tema, mas que também outras mulheres e homens, jornalistas ou não, reforcem o movimento.

“O ataque contra elas, como observado de maneira cada vez mais violenta nos últimos meses e endossado também por agentes públicos detentores de mandato, representa uma tentativa de silenciamento que não é prejudicial somente à liberdade de imprensa, garantida pela Constituição Brasileira, mas, sobretudo, para o direito de informação do cidadão”, alerta o coletivo.

As integrantes do Jornalistas Contra o Assédio esperam que o público abrace a causa, reforçando “as vozes que se tentam, dia após dia, ver silenciadas”. Para elas, essa é uma questão que trata sobre respeito e, por isso, deve independer de gênero.

Mobilização em abaixo-assinado

Além da ação nas redes sociais, o coletivo também se mobiliza por meio de um abaixo-assinado que cobra do Twitter responsabilidades contra a disseminação do discurso de ódio, difamação e calúnia que mulheres jornalistas vêm sofrendo na plataforma.

A petição acumulou 12 mil apoiadores em apenas três semanas. Nesta quarta-feira, 4, representantes do Twitter Brasil receberam o calhamaço de assinaturas. O abaixo-assinado segue aberto e coletando ainda mais apoios por meio da plataforma Change.org.