Juíza mantém prisão de militares que fuzilaram carro de músico

Evaldo da Silva foi enterrado nesta quarta no Cemitério de Ricardo de Albuquerque

O músico foi morto no Rio de Janeiro
Créditos: Arquivo Pessoal
O músico foi morto no Rio de Janeiro

A juíza Mariana Campos, da 1ª auditoria da Justiça Militar, converteu nesta quarta-feira, 10, a prisão em flagrante para preventiva de 9 dos 10 militares detidos por participação no episódio que resultou na morte do músico Evaldo da Silva, neste domingo, 6. Na ação, homens do Exército fuzilaram com 80 tiros o carro onde estava a vítima e sua família em Guadalupe, zona norte do Rio de Janeiro.

O sogro dele, Sérgio Gonçalves, e um homem que passava e tentou ajudar ficaram feridos. O músico foi enterrado nesta quarta no Cemitério de Ricardo de Albuquerque. Após a cerimônia, ocorreu um protesto em frente à Vila Militar com bandeiras do Brasil pintadas por tinta vermelha para simular sangue. De acordo com a investigação, ao que “tudo indica”, os militares confundiram o veículo com o de assaltantes.

O único militar que terá liberdade provisória será o soldado Leonardo Delfino. Segundo os depoimentos, ele não atirou. O Ministério Público Militar defendeu a prisão de nove dos réus, que admitiram, em depoimento, terem atirado contra o veículo onde estava Evaldo e a família.

O advogado dos militares defendeu a liberdade dos suspeitos. O defensor declarou que não há perturbação da ordem por isso não justifica a prisão.

Militares que permanecerão presos:

Tenente Ítalo da Silva Nunes Romualdo,
Sargento Fábio Henrique Souza Braz da Silva
Soldado Gabriel Honorato
Soldado Matheus Santanna Claudino
Soldado Marlon Conceicao da Silva
Soldado João Lucas Goncalo
Soldado Leonardo Oliveira de Souza
Soldado Gabriel da Silva Barros Lins
Soldado Vitor Borges de Oliveira