Justiça nega pedido de Flávio Bolsonaro para barrar quebra de sigilo
Segundo a investigação, a suposta arrecadação ilícita de parte do salário de servidores era operada pelo ex-assessor de Flávio, Fabrício Queiroz
O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) teve negado o pedido de habeas corpus referente à suspensão da quebra de sigilo fiscal e bancário dele.
O desembargador Antônio Carlos Nascimento Amada, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal do Rio, manteve a decisão decretada em abril por um juiz da primeira instância a pedido do Ministério Público fluminense.
Esta não foi a primeira derrota do senador no caso Queiroz – no qual é investigado por suposto esquema de desvio de dinheiro em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Segundo a investigação, a suposta arrecadação ilícita de parte do salário de servidores era operada pelo ex-assessor de Flávio, Fabrício Queiroz.
Homem de confiança do ex-deputado na Alerj, o policial militar da reserva foi citado em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)por movimentar cerca de R$ 1,2 milhão no período de um ano.
Advogado confia em nova decisão
Em entrevista ao Estadão, o advogado Frederick Wassef, que defende Flávio, disse estar confiante de que o habeas corpus será acolhido pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. “O desembargador deferiu apenas uma liminar sem analisar em profundidade o mérito do HC. Confio no Judiciário. O mérito será analisado pela turma, momento em que acredito que os desembargadores vão se atentar e perceber que a quebra do sigilo de 95 pessoas sem qualquer fundamentação não se sustenta juridicamente”, disse Wassef.
O mesmo desembargador já havia negado, em maio, um pedido semelhante feito pelo advogado Paulo Klein, que defende Fabrício Queiroz. Todas as decisões, assim como o inquérito no Ministério Público do Rio são mantidos em sigilo. Com informações do jornal Estadão.