Laudo indicou problemas de drenagem na barragem de Brumadinho

Documentou também apontou a existência de trincas com vazamento de água

Documentos de uma vistoria feita em 2018 na barragem da mina do Córrego do Feijão em Brumadinho, Minas Gerais, apontam problemas no sistema de drenagem do reservatório.  O laudo foi assinado pela empresa alemã Tüv Süd a pedido da Vale, mineradora responsável pela estrutura.

A estabilidade do local foi atestada pela empresa, no entanto, os dados apontavam que em determinada área que estava parcialmente saturada de água, havia um dreno seco. O relatório também indicava a existência de trincas com vazamento de água. Foi recomendada a instalação de equipamentos de monitoramento sismológico e  novos piezômetros – responsáveis por monitorar a pressão e o nível de água no solo.

Bombeiros trabalham há mais de uma semana na busca por desaparecidos em Brumadinho.
Créditos: Ricardo Stuckert/Fotos públicas
Bombeiros trabalham há mais de uma semana na busca por desaparecidos em Brumadinho.

Para mitigar possíveis consequências e aumentar a segurança, a Vale deveria tomar atitudes que diminuíssem a probabilidade de gatilhos,  como banir detonações nas proximidades da estrutura, evitar o tráfego de equipamentos pesados e impedir o aumento do nível da água no reservatório. As informações foram divulgadas no portal G1.

A barragem da mina Córrego do Feijão rompeu no dia 25 de janeiro e uma onda de lama de rejeitos de minério levou tudo o que estava em seu caminho. Até o momento, 134 mortes foram confirmadas e 199 pessoas continuam desaparecidas. Os bombeiros apontaram a possibilidade de não encontrar todos os corpos.

Em nota ao G1, a Vale afirmou que todas as recomendações foram atendidas no mesmo ano. Além disso, pontuou que as informações era analisadas e monitoradas com periodicamente.