Luisa Mell se defende após ser acusada de intolerância religiosa

A protetora dos animais mostrou uma cachorrinha que teve patas, orelhas e rabo decepados, e afirmou que foi fruto de "ritual macabro", mas foi contestada

Nesta quinta-feira, 24, Luisa Mell compartilhou em suas redes sociais a história de uma cadelinha que teria tido duas patas, o rabo e as orelhas decepadas durante um “ritual macabro”, como a própria protetora dos animais descreveu.

“Em nome de uma religião, de uma crença, em um ritual, esse filhotinho teve as duas patinhas de trás e as orelhas cortadas, lentamente.”, afirmou Luisa Mell pelo Instagram.

Alguns internautas e personalidades, como Astrid Fontenelle, dispararam críticas à defensora dos animais, afirmando que ela é racista e intolerante religiosa. Isso mesmo sem Luisa Mell ter citado nenhuma religião em específico.

“Reflitam. Chega de intolerância. Luisa Mell , mais uma vez, em nome da causa q abraçou, se mostra racista, intolerância com as religiões de matizes africanas e como é adulta, inteligente, já poderia ter estudado mais.”, escreveu Astrid.

A polêmica ganhou ainda mais espaço nas redes quando um perfil fez um post no Twitter com o depoimento de uma veterinária que teria supostamente presenciado um atendimento da cachorrinha. Ela chama Luisa Mell de “sensacionalista”.

A veterinária em questão afirma que o animal foi atropelado, teve trombose nas pernas e precisou sofrer a amputação – e não passou por um ritual religioso. O vídeo bastou para que a internet atacasse Luisa Mell.

Após as acusações de racismo e intolerância religiosa, Luisa Mell falou com a Veja São Paulo e deixou claro que é contra qualquer religião que faça isso contra um animal. Inclusive contra a religião dela. “Tenho todas as provas. Minha veterinária garante que não é atropelamento, que aquilo foi feito por alguém, com faca ou tesoura. Pode ter sido só maldade, mas sacrifício é uma realidade. Continuo sendo contra qualquer religião que faça isso, inclusive a minha. Não penso que animal seja comida, vestuário, por que acharia aceitável ser machucado em um ritual?”, disse.

No Instagram, Luisa compartilhou um vídeo em que uma veterinária de seu instituto está cuidando da cachorrinha em questão. A veterinária afirma que os cortes são precisos, e não condizem com atropelamento.

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Amigos, recebemos o pedido de ajuda por email, De uma protetora q já ajudamos outras vezes. Ela nos contou a terrível maldade q aconteceu c esta cachorra. Foi usada em ritual macabro. Nosso corpo de veterinários confirmou que NÃO poderia ser atropelamento! Q eram lesões propositais! Nós resgatamos animais atropelados toda semana, temos bastante experiência no assunto. Esta cachorra está conosco, sendo tratada! Por causa de uma pessoa que diz q está c a cachorra e q ela foi atropelada dezenas de pessoas estão tentando destruir c nosso serio e importante trabalho! Peço q esta pessoa q diz q é a vet responsável pelo caso se apresente com nome@e tel para q possamos confrontar as informações! Como podem ver a cachorra está conosco! E sim foi vitima de crueldade e NÃO de atropelamento! Aguardo o contato! Pq aqui a gente mostra e prova! Pq falar qlq coisa na internet é fácil… irresponsável e cruel. Desde o começo do ano, depois do resgate dos 1.700 dezenas de criadores e outras pessoas q tem seus negócios ameaçados pelo meu trabalho tentam me destruir… todo dia outra mentira é lançada sobre meu trabalho… minha idoneidade! Mas a verdade sempre se impõe! Já passei tantas vezes por isso… espero q n consigam prejudicar tantos animais q salvamos graças ao apoio de todos vcs!

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Você sabe o que fazer em caso de maus-tratos aos animais?

Maus-tratos aos animais sempre existiram. Felizmente, as redes sociais potencializam a discussão desse crime na sociedade e fazem repercussão a essas atrocidades, facilitando com que casos recentes sejam finalmente julgados.

Apesar de antiga, a falta de fiscalização e informação faz com que muita gente se esqueça do artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (9.605/98), que criminaliza a violência contra animais silvestres, domésticos ou domesticados.

A Lei ainda torna crime a realização de “experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos”.

Veja aqui o que fazer caso você presencie um animal sendo machucado ou maltratado.