Manifestação lembra um ano da chacina de Osasco e Barueri

Na noite do dia 13 de agosto de 2015, homens encapuzados mataram 19 pessoas nas periferias de Osasco e Barueri após morte de policial militar

No próximo sábado, 13 de agosto, completa-se um ano da chacina que sentenciou a vida de 19 pessoas nas cidades de Osasco e Barueri.

Desde então, pouco se sabe da remota noite de quinta-feira que testemunhou a segunda maior carnificina já registrada no Estado – com menos mortes apenas que os 111 executados no massacre do Carandiru, em outubro de 1992.

Para lembrar ao Brasil que bate panelas nos bairro nobres, mas ignora o genocídio policial na periferia, uma manifestação nesta sexta-feira, 12, das 6h às 14h, reunirá familiares das vitimas da chacina na Avenida Paulista.

Organizado pelo Rio de Paz, o ato público levará cadeiras pretas à calçada em frente ao vão livre do MASP (Museu de Arte de São Paulo), simbolizando a ausência das vítimas na vida das famílias. Uma faixa de 5 metros de extensão reunirá fotos das vítimas, com a mensagem: “CHACINA DE OSASCO: UM ANO DE IMPUNIDADE E SAUDADE”.

‘Todos eram inocentes. Nenhuma das vítimas tinha relação com a morte do PM e do guarda civil’, afirmou o secretário de Segurança Pública na época, Alexandre de Moraes

19 mortos, 12 meses e poucas respostas

A manifestação, que sai às ruas para cobrar respostas do Governo do Estado de São Paulo, pede a prisão e punição dos envolvidos no crime. Até aqui, apenas quatro suspeitos foram indiciados: três policiais militares e um guarda civil de Barueri.

“Desde o dia 13 de agosto do ano passado, 19 famílias pobres tiveram a vida marcada para sempre, vivendo hoje em estado de grande vulnerabilidade social e emocional. O Estado pouco fez até agora para amenizar essa situação. A maioria ainda tem receio de protestar e sofrer represálias. Com essas manifestações, estamos dando voz aos sem voz e lutando para que justiça ampla seja feita”.

‘Todos eram inocentes. Nenhuma das vítimas tinha relação com a morte do PM e do guarda civil’, afirmou o secretário de Segurança Pública na época, Alexandre de Moraes.