Ministério Público abre investigação contra Paulo Guedes

Ao jornal O Globo, a defesa do economista relatou "perplexidade" com a investigação a poucas horas da eleições do próximo domingo, 28

Paulo Guedes é considerado o guru econômico de Jair Bolsonaro, candidato à Presidência pelo PSL
Créditos: Reprodução / Facebook
Paulo Guedes é considerado o guru econômico de Jair Bolsonaro, candidato à Presidência pelo PSL

O Ministério Público Federal no Distrito Federal abriu nesta quinta-feira, 25, uma nova investigação contra o economista Paulo Guedes, apontado como guru do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), sob suspeita que ele tenha obtido “benefícios econômicos” a partir de possíveis “crimes de gestão temerária ou fraudulenta” de investimentos de fundos de pensão.

De acordo com informações do jornal O Globo, Guedes deverá prestar depoimento em Brasília no dia 6 de novembro. A defesa do economista relatou “perplexidade” com a investigação a poucas horas da eleições do próximo domingo, 28.

O MPF investiga se o guru de Bolsonaro aplicou dinheiro captado por fundos de pensão de maneira irregular, deixando prejuízos milionários aos aposentados das estatais. A empresa de Guedes teria cobrado comissões consideradas “abusivas” pelo MPF. Essas taxas renderam, entre 2009 e 2014, um faturamento de R$ 152,9 milhões.

As operações são vinculadas a cinco fundos de pensão estatais que tiveram prejuízos após aplicarem dinheiro nos negócios administrados por Guedes, a Funcef, dos servidores da Caixa Econômica Federal; a Petros, de servidores da Petrobras; e a Previ, dos servidores do Banco do Brasil.

Segundo a defesa do economista, ele não tinha “poder de deliberação” sobre os investimentos e apenas sugeria as empresas que receberiam os recursos, mas os investimentos tinham que ser aprovados por comitês compostos por integrantes dos fundos de pensão. Além disso, a taxa de administração seguia parâmetros usados no mercado.

Essa não é a primeira investigação contra o guru de Bolsonaro. O Ministério Público também apura suspeitas de gestão temerária ou fraudulenta no BR Educacional, o Fundo de Investimento em Participações (FIP) gerido por uma empresa de Guedes.

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