Ministro do TSE é acusado pela esposa de violência doméstica

O caso é investigado como violência doméstica, injúria e lesão corporal

Admar Gonzaga Neto, do TSE

O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Admar Gonzaga Neto, de 56 anos, foi acusado por sua esposa, Elida Souza Matos, de violência doméstica.

Na madrugada desta sexta-feira, 23, ela registrou boletim de ocorrência em uma delegacia de Brasília, segundo o site Metrópoles.

Ela afirmou aos policiais que o magistrado a agrediu, deixando o seu olho ferido, durante discussão na casa em que moram no Lago Sul, na capital federal.

De acordo com o mesmo site, o caso é investigado como violência doméstica, injúria e lesão corporal, já que ela também foi humilhada verbalmente.

Admar chegou a dizer que a esposa “não serve nem para pano de chão”, segundo o relato de Elida citado pela reportagem.

A denúncia ocorre em sigilo por estar dentro da Lei Maria da Penha e envolver o ministro, que tem foro privilegiado, diz a revista Claudia. O caso vai para o STF (Supremo Tribunal Federal) investigar.

O ministro é um dos que participou do julgamento da chapa Dilma-Temer, no começo de junho.

  • Veja como denunciar a violência doméstica

No Brasil há um número específico para receber esse tipo de denúncia, 180, a Central de Atendimento à Mulher. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano e a ligação é gratuita. Há atendentes capacitados em questões de gênero, políticas públicas para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres.

O Conselho Nacional de Justiça do Brasil recomenda ainda que as mulheres que sofram algum tipo de violência procurem uma delegacia, de preferência as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher. Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.

A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e nos centros de referência de atendimento a mulheres.

Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.