MPF recomenda reabertura imediata da exposição ‘Queermuseu’

O Santander tem 24 horas de prazo para responder a solicitação

A obra “Travesti de lambada e deusa das águas”, de Bia Leite, que estava na mostra

Nesta quinta-feira, dia 28, o Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul (MPF/RS) recomendou ao Santander Cultural a reabertura imediada da exposição “Queermuseu – Cartografias da Diferença da Arte Brasileira“. O órgão deu o prazo de 24 horas para que o banco responda a solicitação.

A mostra em Porto Alegre foi cancelada pela direção da instituição em 10 de setembro após protestos de grupos conservadores, como o Movimento Brasil Livre (MBL), que alegou que as obras faziam apologia à pedofilia e à zoofilia.

De acordo com o MPF, a exposição deve ficar aberta para visitação até 8 de outubro, data prevista inicialmente para o encerramento. Caso o Santander rejeite a orientação sem dar esclarecimentos suficientes, poderá ser processado.

O Ministério Público recomenda que o banco promova uma nova exposição, com recursos próprios e temática similar a que interrompeu. Esta mostra deve ser pautada preferencialmente por assuntos relacionados à diversidade e ficar aberta aos visitantes em período não inferior a três vezes o tempo que a “Queermuseu” permaneceu sem visitação.

Além disso, a exposição precisa contar com “medidas informativas ou de proteção à infância e à adolescência no que diz respeito a eventuais representações de nudez, violência ou sexo nas obras expostas e também medidas visando a garantia da segurança das obras e dos visitantes”.

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