Na capital e no interior, homens salvam pessoas e peixes da seca

Desde a infância, Edivaldo pesca no  Rio Atibaia

Em meio a seca que assola o Estado de São Paulo, aflora o espirito colaborativo de alguns cidadãos provando que cada um a sua maneira pode contribuir para um bem coletivo.  Como é o caso de dois homens, um mora na capital e o outro na cidade na Campinas.

Fábio Roberto dos Santos, 37 anos, é motorista de caminhão-pipa e no mês passado decidiu que mudaria o trajeto da carga, ao invés de cumprir as demandas da empresa, levou a água para socorrer os moradores do  Jardim Novo Pantanal, zona sul da cidade de São Paulo, que há quatro dias estavam com as torneiras secas .

Com o dinheiro do próprio bolso, ele abasteceu a carga com 16 mil litros e distribuiu para cerca de 800 pessoas. Durante 3h30, Fábio conseguiu minimizar o sofrimento do bairro onde mora. Mesmo correndo o risco de ser mandado embora do emprego, ele decidiu seguir sua convicção de ajudar o próximo. Ao retomar para a empresa quase foi demitido, mas isso não aconteceu e segue empregado.

Já o fotógrafo e funcionário da Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento) Edivaldo da Silva Alves, 49 anos, vem salvando não pessoas da seca, mas sim peixes. O baixo volume fez com que o Rio Atibaia concentrasse um número grande de animais em um espaço raso de água. Ele conta que a quantidade é tanta que torna-se possível pegar os peixes com as mãos. Para não deixa-los morrer, comprou uma bomba de oxigênio e instalou na piscina de 50 mil litros da sua chácara. Até agora, Edivaldo resgatou cerca de  300 peixes.