Opinião: Dória virou o maior cabo eleitoral de Haddad em Sampa

Os paulistanos não aceitaram a quebra de promessa de João Dória – e, agora, estão dando o troco.
Ele se elegeu no primeiro turno, montado na imagem do “novo” e do “gestor”.
Nem foi “novo” nem “gestor”. Mas uma decepção: desde que sentou na cadeira de prefeito, ele já se mobilizou para ser prefeito.
Depois, como consolação, topou ser candidato a governador.
São Paulo é uma cidade complexa e estressante. Dória trouxe a esperança de uma cidade melhor para um paulistano estressado com o trânsito, as enchentes, a poluição.
Ninguém imaginava o que aconteceria se ele criasse a chapa “BolsoDória”. Não ajudou Dória e prejudicou Bolsonaro.

De acordo com o Ibope, no primeiro turno da eleição presidencial, Haddad perdeu de longe de Bolsonaro: 19,7% contra 44,58%.

O Ibope divulgado nesta semana mostra uma realidade diferente: uma virada. Haddad, 51%; Bolsonaro, 49%.

Para se ter uma ideia dessa rejeição, basta notar que, segundo o Ibope, Márcio França vence, entre os paulistanos, com uma diferença de 19% em relação a Dória.