Quem acabou com o Alckmin foi Dória. Bolsonaro e Haddad agradecem

Existe apenas um grande responsável pela derrocada de Geraldo Alckmin: João Dória.

Todo o resto   é um simples detalhe.

É simples entender. Ao sair candidato na marra, Dória dinamitou a aliança de Alckimin com o PSB, do governador Márcio França.

Esse aliança teria dado a Alckimin um verniz de centro-esquerda, ganhando mais força no Nordeste, atraindo uma nova fatia do eleitorado.

Se Márcio França tivesse o apoio do PSDB, ele certamente estaria muito melhor nas pesquisas,  talvez vencendo no primeiro turno. Mesmo sem esse apoio, ele já está com 14% nas pesquisas – e subindo.

Alckmin, portanto, teria uma base forte em seu Estado, onde viu Bolsonaro ganhar espaço.

Com Dória mantido na prefeitura, o quadro seria outro por mais um motivo. Ele seria um bom cabo eleitoral, apresentando obras e se articulando pelo Brasil.

O efeito foi ao contrário: sua rejeição na cidade explodiu,  fazendo-o perder a imagem de novo e do gestor. Virou mais um político a enganar a população.

Somem-se esses dois fatores para ver facilmente que se Dória não tivesse saído governador, Alckimin teria ganho no mínimo – e coloca mínimo nisso – pelo menos mais 5 pontos nas pesquisas.

Esses 5 pontos o deixariam, no começo da campanha,  com algo como 15%.  Lembre-se de seu gigantesco tempo na televisão.

Alckimin seria a terceira via sólida entre Fernando Haddad e Jair Bolsonaro. Talvez até Bolsonaro nem teria crescido na onda antipetista.

Mas Alckimin não pode reclamar: foi ele que colocou Dória na prefeitura, apesar de todas as advertências.