Os próprios ministros do STF atacam o aumento do seu salário

Ministro Marco Aurélio

O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, disse publicamente ser contra seu reajuste do salarial aprovado pelo Senado para os ministros daquele tribunal.
“Se já não era oportuno em 2016, hoje, com a situação econômica, financeira da União e dos Estados, muito menos”, afirmou Marco Aurélio, disse.
Marco Aurélio ressalvou que não é uma aumento, reposição de perdas inflacionárias referentes ao período entre 2009 e 2014.
O fato é que alguns ministros já tinha sido contra esse aumento – ou, como queiram, reposição: a ex-presidente do STF, Carmem Lúcia, por exemplo.

O que Marco Aurélio diz publicamente, alguns dizem reservadamente.

O ministro Celso de Mello lembrou que foi contra o aumento na sessão administrativa ocorrida em agosto, que aprovou a inclusão do reajuste no orçamento do Judiciário.

Naquela sessão, o aumento foi aprovada por 7 votos a 4. Além de Celso de Mello, votaram contra o aumento os ministros Edson Fachin, Rosa Weber e Carmen Lúcia.

Ministros estão agora acuados diante da pressão da opinião. Uma petição já se aproxima de 2,5 milhões de assinaturas pedindo que o presidente Michel Temer vete a medida.

Raras vezes o STF ficou tão acuado diante de críticas quase unânimes da opinião pública.

MBL e PSOl entraram na Justiça para barrar a aprovação do Senado.

Até mesmo o presidente Temer já não tem tanta certeza de que deve aprovar medida. Condicionou sua aprovação à derrubada do auxílio-moradia.