Palocci diz que bancos doaram R$ 50 milhões ao PT em troca de favores

Segundo o ex-ministro da Casa Civil, Bradesco, Safra, BTG Pactual, Itaú Unibanco e Banco do Brasil estiveram envolvidos no caso

O ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci
Créditos: José Cruz/Agência Brasil
O ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci

Em delação premiada, o ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, declarou que alguns dos principais bancos do país fizeram doações eleitorais, no valor total de R$ 50 milhões, a campanhas do PT em troca de favores nos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. As informações foram publicadas pelo jornal O Globo.

Segundo Palocci, os bancos Bradesco, Safra, BTG Pactual, Itaú Unibanco e Banco do Brasil estiveram envolvidos no caso. O objetivo das instituições era obter informações privilegiadas sobre mudanças na taxa Selic e buscar apoio do governo na defesa de interesses, tanto dos bancos como dos acionistas.

Palocci definiu as doações como “vantagens indevidas de modo dissimulado”. Ele entregou à Polícia Federal provas para justificar os relatos, como anotações da agenda e registros de um aparelho no carro.

Em outra reportagem divulgada pelo jornal, quase todos os citados durante a delação negaram as supostas irregularidades apresentadas pelo ex-ministro da Casa Civil.

O Bradesco disse que as acusações são “ilações descabidas”, o Itaú Unibanco pontuou que fez doações em valores iguais a diferentes partidos e o Banco do Brasil declarou que as concessões de crédito são feitas de forma técnica. Apenas as assessorias dos bancos Safra e BTG Pactual não responderam aos questionamentos.