Para evitar gravidez precoce, governo defende abstinência sexual

Políticas promovidas pela pasta da ministra Damares Alves pretendem estimular jovens a deixarem de fazer sexo

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves
Créditos: Agência Brasil
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves

Para o governo do presidente Jair Bolsonaro, a abstinência sexual deve ser promovida no país com o objetivo de prevenir a gravidez precoce. Políticas elaboradas pelo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MDH) pretendem estimular jovens a deixarem de fazer sexo.

Segundo reportagem publicada pelo jornal O Globo, a prevenção da gravidez na adolescência tem sido usada como pretexto pelo MDH em eventos públicos com defensores da abstinência sexual. Em um deles, que reunia público religioso, cartazes diziam que a camisinha permite a passagem do vírus HIV e criticavam o método contraceptivo.

Ao jornal, o ministério disse que usou como referência “estudos científicos e a normalização da espera como alternativa para iniciação da vida sexual em idade apropriada, considerando as vantagens psicológicas, emocionais, físicas, sociais e econômicas envolvidas, sem que isso implique em críticas aos demais métodos de prevenção”.

A pasta comandada por Damares Alves negou que a abstinência sexual seja uma política de governo. “A ideia de promover a preservação sexual está sendo considerada como estratégia para redução da gravidez na adolescência por ser o único método 100% eficaz e em razão de sua abordagem não ter sido implementada pelos governos anteriores”, informou em nota.