Paulistanos ‘adotam’ pontes da cidade para garantir segurança de pedestres e ciclistas

30 pontes já foram adotadas e estão tendo seus problemas diagnosticados pelos próprios usuários

Para que o transporte de São Paulo esteja bem integrado, as pontes da cidade são fundamentais. Pelo menos é nisso que acredita a Prefeitura, que anunciou recentemente a construção de ciclovias em 12 pontes até o final de 2015.

O objetivo é que quatro delas ganhem pintura de faixas cicláveis já anexadas às ciclovias, enquanto outras oito passarão por intervenções maiores, com reformas nas alças. A primeira a ser reformada será a Ponte da Casa Verde. (Saiba quais serão as outras aqui.)

Segundo a Prefeitura, o fluxo de carros terá sua velocidade reduzida para 50 km/h para aumentar a segurança dos ciclistas e pedestres. Mas será isso o suficiente para garantir o espaço das partes mais frágeis desse sistema?

Iniciativa popular

Para tentar mapear e identificar as condições das pontes da cidade, a Ciclocidade – Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo – criou o projeto ‘Adote uma Ponte’, iniciado no dia 22 de setembro.

 

Mais de 90 voluntários que utilizam cotidianamente as pontes e viadutos da cidade já estão participando da campanha fotografando, filmando e descrevendo em pequenos relatórios os problemas que enfrentam nas travessias.

O objetivo da ação é pressionar as autoridades a melhorarem as condições de segurança para pedestres e ciclistas. Até o momento, 30 pontes já foram “adotadas”, com destaque para as pontes da Cidade Universitária, Eusébio Matoso e do Jaguaré, que receberam mais adesões de voluntários.

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Créditos: Picasa
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Ponte da Vila Guilherme[/img]

Quem aderir à campanha também poderá utilizar as ferramentas de mobilização como panfletos, estêncil para sinalização alternativa, lambe-lambes com mensagens da campanha e postagens para compartilhar nas redes sociais.

Via Ciclovivo

Clara Caldeira

Por Clara Caldeira

Jornalista, escritora e pesquisadora, especialista em gênero e meio ambiente. Apaixonada por literatura e pelas artes oraculares, está sempre em busca de formas de conectar seus estudos e suas paixões.