Petição pede fim de taxa que ‘suga’ R$ 2 mi das escolas públicas
Por Change.org
O que fazer para melhorar a educação no país? A artista plástica Anne Rami, de 38 anos, descobriu um problema que, se resolvido, pode ajudar o ensino público na cidade de São Paulo e aumentar o orçamento das escolas municipais em R$ 2 milhões. Hoje este dinheiro é utilizado para pagar tarifas bancárias.
Anne percebeu que, por ano, milhões de reais que deveriam ir para a educação são usados para pagar taxas para bancos. “O mais estranho é que não há isenção [das tarifas] no âmbito municipal, mas outra verba, de origem federal e também recebida por escolas, já é isenta de taxas e também cai numa conta do Banco do Brasil”, conta.
Inconformada com a situação, Anne, que é mãe de 3 crianças, resolveu fazer um abaixo-assinado na Change.org pedindo que a Prefeitura de São Paulo e o Banco do Brasil façam um acordo para isentar as escolas municipais de tarifas bancárias.
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A petição já conseguiu o apoio de mais de 12 mil pessoas e continua crescendo. “Todo mundo fala que tem que melhorar a educação e ninguém se atenta a esses absurdos, que é o dinheiro do contribuinte que deveria ir para a educação e está ficando para os bancos”, diz a ativista.
Saiba mais: www.change.org/IsentarAsEscolas
Anne diz que todo o dinheiro arrecadado com tal isenção das tarifas poderia ser revertido para as escolas – muitas carecem de materiais didáticos e estrutura de qualidade. “Para um banco, isso equivale a um trocado por ano; mas, para uma escola pública, é um importante valor“, escreve a artista plástica na petição.
Depois do início do abaixo-assinado, Anne teve uma notícia promissora. O secretário de Educação da cidade de São Paulo, Alexandre Schneider, escreveu em seu perfil no Facebook que, após reunião com o Banco do Brasil, foi definido que talvez, a partir do ano que vem, acontecerá o fim das tarifas bancárias.
A peticionária tem dúvidas quanto à promessa. Falar em “talvez” e “mais para frente”, diz ela, “não são encaminhamentos satisfatórios para reuniões entre grandes poderes executivos e bancos”.
Para Anne, “as tarifas tinham que ser isentas para já! E mais: o banco deveria ressarcir uma boa parte desse valor, porque confiscou esse dinheiro por anos”. Ela desabafa: “nossos governantes não ficam atentos a isso, não fazem as devidas parcerias e quem paga são as crianças”.
Outras cidades já adotam isenções para taxas bancárias e outros tipos de tarifas. O município de Bagé (RS), por exemplo, isenta as escolas de pagarem taxa de água.