Plataforma mapeia costureiras que produzem máscaras perto de você

Quer comprar uma máscara, mas não sabe onde encontrar? A Rede Asta lançou um localizador com cerca de 800 artesãs cadastradas

O uso de máscaras faciais é recomendado pela OMS para proteção contra a covid-19
Créditos: Rike_ / iStock
O uso de máscaras faciais é recomendado pela OMS para proteção contra a covid-19

A pandemia do novo coronavírus trouxe às ruas e estabelecimentos do Brasil um novo cenário: a necessidade do uso de máscaras de proteção, recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter a transmissão da doença. Em alguns estados e cidades do país, utilizar a máscara se tornou obrigatório.

Ao mesmo tempo, o setor de artesanato foi um dos mais afetados pela crise, deixando milhares de pessoas sem renda no país. Para apoiar costureiras neste momento, a Rede Asta, negócio social que transforma artesãs em empreendedoras, criou uma plataforma que permite localizar quem produz máscaras de tecidos em 170 cidades brasileiras.

Ao acessar este link, você poderá encontrar a costureira mais perto de você no localizador, que reúne 800 profissionais no total. A geolocalização oferecida pela plataforma permite a entrega das máscaras em poucos dias, por conectar comprador e costureira, além de incentivar o comércio local.

“Nossa rede sempre procurou apoiar as mulheres artesãs na geração de renda. São muitas vezes a única pessoa da família a ter uma renda é a artesã. Por isso, estão sofrendo o impacto direto com a pandemia e muitas passando necessidades. O Brasil possui mais de 10 milhões de artesãs. Reunimos nesta ferramenta uma parcela delas, mas outras ainda podem entrar”, diz Alice Freitas, que fundou a Rede Asta, em 2005, com Rachel Schettino.


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O perfil da artesã que compõe a rede é de mulheres entre 40 a 60 anos, das classes C e D, e 80% delas são a única fonte de renda da família. Cada uma produz em torno de 60 máscaras por dia, de tecido e estampas variadas.

Alice destaca ainda que a plataforma não é e-commerce, mas uma geolocalização, pela qual as pessoas e empresas podem encontrar as costureiras mais próximas e fazer a encomenda diretamente a elas.

Entre as artesãs está Luciane Braga, 50 anos, de São Paulo, que mora com os pais de 87 anos. Ela produz bonecas e bichos de panos para crianças, mas sem a opção de vender suas peças nas feiras, por conta da covid-19, ela costura atualmente máscaras faciais.

“A plataforma foi uma ideia maravilhosa porque tem muitas mulheres fazendo as máscaras, mas não sabem como vendê-las. Tenho fé que a plataforma vai nos ajudar a vender mais peças, pois precisamos”, diz ela, que também afirma que pode customizar as peças com bordado livre, retalhos e confeccioná-las em tamanhos diferentes.