Polícia investiga origem da bicicleta comprada por jovem negro acusado falsamente de furto

A bicicleta originalmente foi furtada de um empresário no Rio, e posteriormente vendida a Matheus Ribeiro; ele é investigado e nega crime de receptação

A bicicleta motorizada utilizada por Matheus Ribeiro quando foi acusado injustamente de furto por Mariana Spinelli e Tomás Oliveira na tarde do último sábado, dia 12, foi apreendida por policiais da 14ª DP (Leblon). A bike foi furtada de um empresário, em Ipanema, também na Zona Sul, em 18 de fevereiro, e está sendo periciada por profissionais do Instituto Carlos Éboli (ICCE) para, posteriormente, ser devolvida ao proprietário.

Polícia encontra suspeito de furtar bicicleta de casal que acusou jovem negro

Polícia investiga bicicleta de homem negro acusado injustamente de furtá-la
Créditos: divulgação / Arquivo Pessoal
Polícia investiga bicicleta de homem negro acusado injustamente de furtá-la

De acordo com informações de O Globo, o jovem disse para os policiais que comprou a bicicleta em um site na internet, em 1º de abril, mas que não possuía a nota fiscal e apresentou uma foto de uma transação financeira e chaves falsificadas com o logo de uma marca de motocicleta. A polícia investiga o crime de receptação.

O crime de receptação, em breve resumo, pode ser entendido com o ato de receber algo que seja produto de um crime.

“A Polícia Civil informa que a bicicleta elétrica utilizada por Matheus Ribeiro foi apreendida por ser produto de furto e será devolvida ao seu legítimo proprietário. Matheus e um homem que vendeu a ele o equipamento estão sendo investigados pela receptação. O inquérito segue em andamento e apura também o furtador da bicicleta”, informou, em nota, a Polícia Civil.

Em entrevista para o Fantástico, Matheus disse que não sabia que o produto tinha origem ilícita. “Não, a gente [Matheus e a namorada] nunca faria uma coisa do tipo. Por ser uma bicicleta usada, a gente especificou que tivesse próximo de metade do valor de uma bicicleta nova”, disse.

A Polícia Civil não tem informações sobre o autor do furto e não informou se o crime gerou a abertura de um boletim de ocorrência na época. A vítima foi localizada pela loja que vende o produto original, pelo número de chassi fornecido pela polícia.