Policiais Militares invadem hospital para pegar bala que matou Ágatha

A informação foi relatada por integrantes da equipe de médicos e de enfermeiros de plantão para policiais civis

Policiais Militares, na madrugada de sábado, 21 de setembro, logo após a morte da menina Ágatha Vitória Félix, de 8 anos, invadiram o hospital Getúlio Vargas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro, onde ela ficou internada para pegar a bala que a matou, segundo revelou a Revista Veja, nesta quinta-feira, 3.

Agatha morreu com um tiro nas costas, após um dia de passeio com a mãe
Créditos: Reprodução/TV
Agatha morreu com um tiro nas costas, após um dia de passeio com a mãe

De acordo com reportagem da revista Veja, a informação foi relatada por integrantes da equipe de médicos e de enfermeiros de plantão a policiais civis. Eles se recusaram a entregar a bala, que posteriormente, seria encaminhada para a Polícia Civil, responsável pelas investigações.

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A perícia realizada na bala concluiu que não será possível compará-la com as armas dos PMs que estavam na favela porque foi encontrado apenas um fragmento deformado do projétil.

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A Delegacia de Homicídios, agora, procura convencer os integrantes da equipe médica de prestar depoimento sobre a invasão, mas os profissionais temem represálias. Segundo a revista, os investigadores não conseguiram imagens da ida dos policiais ao hospital.

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Essa informação reforça o depoimento da família de Ágatha, e testemunhas dos disparos, como o motorista da Kombi onde a menina foi atingida, de que a bala veio de um fuzil de um PM e que não havia confronto entre policiais e bandidos no momento.

A versão dos policiais militares envolvidos no caso é de que revidaram a disparos.