Projeto busca manter oficinas de balé e percussão em favela no RJ

Por falta de verba, 300 crianças poderão ficar sem as aulas gratuitas em Vigário Geral, zona norte da cidade

02/10/2019 19:05

A iniciativa atende cerca de 300 crianças a partir dos 6 anos
A iniciativa atende cerca de 300 crianças a partir dos 6 anos - Reprodução / AfroReggae

O grupo cultural AfroReggae precisa de você! Por falta de verba, 300 crianças poderão ficar sem as oficinas comunitárias de balé e percussão na favela de Vigário Geral, zona norte do Rio de Janeiro. Para que isso não aconteça, o projeto criou uma campanha de financiamento coletivo. Veja como ajudar neste link.

A vaquinha virtual pretende arrecadar dinheiro suficiente para que as oficinas artísticas continuem suas atividades pelos próximos quatro meses. No total, o valor necessário é de R$ 56 mil.

O projeto vai custear despesas mensais de contas de luz, água, internet, alimentação e materiais de limpeza, além de itens básicos para as oficinas de balé e percussão, recursos humanos e logística.

As oficinas do AfroReggae potencializam as oportunidades profissionais e acolhem famílias e crianças em situação de risco, trabalhando a autoestima e a cidadania. Atualmente, a iniciativa atende crianças a partir dos 6 anos.

AfroReggae

O Grupo Cultural AfroReggae nasceu com o objetivo de transformar a realidade de jovens moradores de favela por meio da arte, cultura e educação. Fundada no dia 21 de janeiro de 1993, no Rio de Janeiro, a instituição surgiu da união de pessoas simples com grandes sonhos.

Tudo começou com um jornal criado pelo projeto. O AfroReggae Notícias, publicação distribuída gratuitamente, estampava em suas páginas cultura negra e o cotidiano da favela para dar voz àqueles silenciados pela sociedade. Logo, mais pessoas passaram a debater aquelas pautas e foi assim que surgiu o AfroReggae.

Em agosto do mesmo ano, uma chacina tirou a vida de 21 inocentes em Vigário Geral, zona norte do Rio de Janeiro. Um mês depois, os produtores do AfroReggae Notícias decidiram fazer sua parte para construir vínculos na cidade partida. Assim, eles levaram para oficinas de percussão, capoeira, reciclagem de lixo e dança afro.

Além da sede na Lapa, próximo ao centro da cidade, o grupo tem um escritório de representação em São Paulo e mantém quatro espaços culturais em Vigário Geral, Parada de Lucas, Cantagalo e Caju para oferecer cursos de música, dança e teatro para todas as idades.