Fazenda florestal na Amazônia aposta no comércio de carbono para preservar a mata

Na cidade de Colniza, onde hoje opera o maior plano de manejo florestal do Estado do Mato Grosso, a Fazenda Florestal Santa Maria validou um projeto em prol da preservação do bioma amazônico, do qual faz parte.

O esquema utilizado  foi o programa de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradações (REDD). Trata-se de um dispositivo econômico que complementa a verificação e repressão de atividades ilegais, ao mesmo tempo em que gera resultados positivos para o Mato Grosso e para Colniza.

O esquema funciona da seguinte maneira. A Fazenda comercializa madeira tropical, cujo cultivo acontece por meio de um Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS), que rende, por ano, um milhão de unidades de carbono verificadas, também conhecidas como VCU’S. Estima-se que tal rendimento perdure por três décadas ainda.

E foi na esteira de tal conceito que a administração da Santa Maria, que tem permissão legal de desmatar 20% da mata localizada dentro de seu território, resolveu mantê-la 100% de pé mesmo assim. A solução encontrada foi pensada a partir do Plano de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), no qual a comercialização nasce da quantidade de emissões evitadas por meio do REDD.

Iniciativas como esta, fundamentadas em conceitos de REDD, funcionam como uma opção rentável para evitar o desmatamento florestal. Elas também trabalham na criação de resoluções práticas sobre as mudanças climáticas e demais questões socioambientais que ocorrem na região.

Por Redação