Ratinho mostra sentença judicial na tela após ser condenado

O apresentador foi condenado por comentar o caso de um procurador do Distrito Federal, que havia se envolvido em um acidente de trânsito

O apresentador Ratinho

O “Programa do Ratinho” da última quarta-feira, 12, terminou com uma imagem que causou estranhamento em quem estava assistindo.

Tudo por causa de uma condenação que o apresentador sofreu, devido declarações sobre um procurador do Distrito Federal.

O procurador José Luciano Arantes se envolveu, em 2009, em um acidente de trânsito. Ele teria ameaçado e desacatado policiais na ocasião.

A notícia foi exibida no programa e Ratinho não economizou palavras. “Cidadão despreparado”; “descarado”; “tarado”; “machão”; “brabão”; “beudão”; e “bota branca” foram algumas das palavras usadas por ele para se referir a Arantes, de acordo com a sentença do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, em agosto de 2012.

Segundo a justiça, foi fácil comprovar “o extrapolar dos limites impostos pela razoabilidade e proporcionalidade na veiculação de informações jornalísticas, sobretudo após o primeiro minuto da reportagem citada, tornando-se nítido o abuso no exercício de seus direitos”.

O SBT foi condenado a indenizar o procurador por danos morais, devendo pagar R$ 622 mil inicialmente, mas a justiça baixou o valor para R$ 50 mil.

“Condeno, ainda, a parte requerida [SBT], a veicular o inteiro teor da presente sentença no programa intitulado “Programa do Ratinho”.

Foi o que o programa fez ontem à noite, ao final, exibindo todo o texto da sentença no canto da tela durante apresentação da banda “Biquíni Cavadão”. “O nosso departamento jurídico encaminhou um pedido de direito de resposta e nós vamos exibir agora”, limita-se a dizer Ratinho. Em seguida, aparece o texto da sentença.

Dá para ver que o fundo preto e as letras pequenas, além da velocidade do texto, dificultam a leitura.

Veja abaixo, a partir de 18:20:

https://www.youtube.com/watch?v=o8G4mtEx8tc

Ratinho já sofreu outra condenação, desta vez do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em julho de 2016, por manter funcionários de uma fazenda em situação de escravidão.

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