Revista AzMina expõe comentários machistas e é condenada

Em matéria publicada no site da Revista AzMina, as jornalistas contam que a publicação foi condenada a pagar uma indenização de R$ 2 mil a um homem por criticar comentários machistas que ele fez publicamente. O trâmite do processo e julgamento do crime de difamação aconteceu em menos de dois meses. A revista foi proibida de revelar quem as atuou na Justiça e de dar detalhes do processo sob risco de sofrer mais retaliações.

Revista AzMina é condenada a pagar indenização por expor comentários machistas

As representantes de AzMina comentam que a velocidade com que o caso foi julgado foi impressionante para um mundo onde “pessoas pobres ficam na cadeia além da pena sob a desculpa de que não há juízes para julgar os casos”.

Para as jornalistas, difamação só ocorria se publicassem uma mentira sobre uma pessoa. “Mas aprendemos que falarmos qualquer coisa que manche a reputação de alguém pode ser difamação, independente de ser mentira ou verdade”, escrevem.

O texto diz ainda que se entristecem com a justiça e a sociedade e defende que ” postura de uma pessoa em posição privilegiada que é criticada por perpetuar a opressão de um outro grupo que vem sofrendo com violências há milênios deveria ser a de se desculpar e se deixar transformar e não a de penalizar ainda mais este grupo”.

Como ajudar?

A Revista AzMina começou como uma publicação digital e gratuita, que tem como objetivo contribuir para a redução das desigualdades de gênero no Brasil. Para arcar com o valor do processo, elas teriam que retirar os recursos de um curso para treinar professores para prevenir estupros de crianças.

Quem puder contribuir para que elas possam continuar o trabalho pode colaborar fazendo um depósito ou transferência na conta bancária da revista. Os dados no link da matéria publicada no site.